Operários da construção em Três Lagoas encerram greve e voltam ao trabalho na segunda
Depois quase 12 horas de negociação as partes chegaram a um acordo que está sendo selado em ata pelo Ministério do Trabalho e Emprego
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Depois quase 12 horas de negociação as partes chegaram a um acordo que está sendo selado em ata pelo Ministério do Trabalho e Emprego
Acabou no final da tarde desta quinta-feira (2) a greve dos operários da construção em Três Lagoas após a assinatura de acordo entre empreiteiras e sindicatos intermediado pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego).
Os cerca de oito mil funcionários de empresas terceirizadas trabalham na construção de uma nova planta para produção de Celulose da Eldorado Brasil. A movimentação para a greve começou na quarta-feira (29 de janeiro) e se consolidou durante a semana, após frustradas várias conversas entre os representantes das empresas que realizam a obra e dos operários.
Com o acordo, as empresas concordam em elevar o valor da cesta básica de alimentos oferecida aos funcionários que passa de R$ 70 para R$ 250. Os funcionários terão também, direito a cinco dias de folga a cada 90 dias trabalhados, para que possam visitar familiares que residem em outros Estados da federação. As informações são de Idelmar da Mota Lima, presidente da Força Sindical Regional Mato Grosso do Sul, que está faz parte da comissão de negociação. Ele está desde a semana passada em Três Lagoas procurando resolver o problema juntamente com diretores dos dois sindicatos que representam os mais de oito mil trabalhadores só nesse canteiro de obras da Eldorado.
O acordo assinado entre a Força Sindical, o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil e do Mobiliário de Três Lagoas, Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Pesada e as empresas vai permitir ainda, que os funcionários voltem a trabalhar somente na segunda-feira (6) e os dias parados não serão descontados.
“Ficou acertado também que uma força tarefa, formada por essas entidades e pelo Ministério do Trabalho e Emprego, irá apurar outras possíveis irregularidades que estão ocorrendo no local, como o não pagamento das horas in itinere e outros problemas”, comentou Idelmar da Mota Lima.
A Força Sindical e o movimento sindical de Três Lagoas consideraram uma vitória dos trabalhadores o avanço nas negociações. Além disso, as condições de alojamento, refeitório e ambiente de trabalho, segundo eles, vão melhorar também depois desse movimento de protesto que durou oito dias.
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