A Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou nesta quinta-feira (8) os esforços dos governos em recomendar a redução da indicação do uso de antibióticos em tratamentos médicos. Apenas na Tailândia, houve uma redução 46%.

O uso inadequado de antibióticos pode levar à resistência de bactérias ao medicamento e à baixa imunidade do paciente. De acordo com a OMS, a resistência aos antibióticos leva ao prolongamento de doenças e ao maior risco de complicações e até de morte.

“A resistência antimicrobiana [AMR] evoluiu e passou a ser uma ameaça à saúde mundial”, diz o estudo sobre o uso desse tipo de medicamento, lançado hoje (8), em Genebra, na Suíça, intitulado A Ameaça na Evolução da Resistência Antimicrobiana – Opções de Ação.

No texto, há referências sobre o histórico dos antibióticos que, durante décadas, foram utilizados para o tratamento de doenças, como tuberculose, malária, HIV, influenza e muitas infecções bacterianas.

A diretora-geral da OMS, Margaret Chan, alertou que o primeiro passo para combater o uso indiscriminado desse tipo de medicamento é a prescrição adequada.”Isso inclui a prescrição de antibióticos de forma adequada e somente quando necessário. [É necessário lembrar que é obrigatório] seguir o tratamento corretamente, limitando o uso de antibióticos, para fins terapêuticos”, disse a diretora-geral.

No Brasil, desde 2010, o governo tem adotado uma rígida conduta para a comercialização de antibióticos. A medida foi definida devido às constatações sobre o aumento de resistência a certos medicamentos em todo país.

A venda de antibióticos no país só ocorre por meio de uma receita específica e que fica retida na farmácia. Nas farmácias no Vietnã, também passou a haver mais rigor na venda dos antibióticos. Na Noruega, os pesquisadores passaram a usar mais produtos naturais, oriundos do salmão e da truta, na elaboração de medicamentos.

Na Zâmbia, na África, foram introduzidos no currículo das faculdades de medicina a prescrição e o uso adequados de antibióticos.