OEA se surpreende com “sentença rápida” no Paraguai

Secretário-geral afirmou que o processo político contra o presidente paraguaio Fernando Lugo foi “um tanto apressado”

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Secretário-geral afirmou que o processo político contra o presidente paraguaio Fernando Lugo foi “um tanto apressado”

O secretário-geral da OEA (Organização dos Estados Americanos), José Miguel Insulza, afirmou que o processo político contra o presidente paraguaio Fernando Lugo foi “um tanto apressado” e se mostrou surpreso como se ditou uma “sentença com tanta rapidez”. Os comentários do diretor foram feitos durante uma reunião extraordinária do organismo internacional nesta sexta-feira (22/06) para discutir a crise paraguaia.

A OEA pediu “respeito ao devido processo” no julgamento político do presidente do Paraguai em um debate no qual os representantes de Nicarágua, Bolívia e Venezuela criticaram o que qualificaram de “golpe encoberto”.
 
Em uma sessão extraordinária, que durou uma hora e da qual não surgiu uma resolução, os representantes do Conselho Permanente receberam vários relatórios da Secretaria-Geral sobre os eventos que levaram ao julgamento político contra Lugo no Senado e expuseram seus pontos de vista.

Ao abrir a sessão, Insulza deixou claro que a Constituição do Paraguai prevê a possibilidade de processar politicamente os presidentes e que isso deve ser respeitado. No entanto, ele disse que “a questão é se estão dando [a Lugo] as condições mínimas para realizar uma legítima defesa perante a rapidez do processo”.

O julgamento contra Lugo por mau desempenho de suas funções foi aprovado na quinta-feira, com um só voto contra, pela Câmara dos Deputados e depois ratificado no Senado, que atua como tribunal, segundo o procedimento estabelecido na Constituição. Nesta sexta-feira, Lugo foi deposto do cargo com 39 votos a favor e 4 contra.

Com informações da Efe.

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