Naufrágio: retirada do Concordia deverá demorar de 7 a 10 meses

A imprensa italiana divulgou neste domingo (29), que durante inspeção técnica à ilha Giglio o comissário de Defesa Civil do governo, Franco Gabrielli anunciou que a retirada do naufrago deverá demorar entre 7 a 10 meses para ser retirado do local do acidente. A visita ao Costa Concordia serviu ainda para constatar que o navio […]

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A imprensa italiana divulgou neste domingo (29), que durante inspeção técnica à ilha Giglio o comissário de Defesa Civil do governo, Franco Gabrielli anunciou que a retirada do naufrago deverá demorar entre 7 a 10 meses para ser retirado do local do acidente.

A visita ao Costa Concordia serviu ainda para constatar que o navio continua se movendo. A instabilidade dos ventos e marés tem aumentado o balanço do barco dificultando a ação dos técnicos de resgate. Diante disso, o comitê de inspeção reafirmou a suspensão das atividades dos socorristas neste domingo.

Para o comissário de Defesa Civil italiano o aumento da movimentação do barco não é um fato para se alarmar, pois é algo natural diante das circunstâncias do acidente. O comitê técnico deverá retornara à ilha nesta segunda-feira (30) para reavaliar a situação. Se as condições forem melhores o resgate deverá ser retomado.

Somente nas últimas seis horas, o naufrago se movimentou cerca de 3,5 centímetros, uma média maior que a observada nos períodos anteriores.

Mau tempo

O mau tempo obrigou a suspender, neste domingo, as tarefas de busca de desaparecidos do cruzeiro Costa Concordia, que está encalhado no litoral da ilha italiana de Giglio após ter naufragado no dia 13 de janeiro. O forte vento e as ondas colocam em risco a vida dos mergulhadores italianos empenhados na busca das 15 pessoas que continuam desaparecidas após o naufrágio.

As condições meteorológicas devem piorar nos próximos dias, por isso, esta manhã será realizada uma reunião entre todas as equipes de busca para decidir os próximos passos. O número de mortos no naufrágio aumentou a 17 no sábado (28), depois que os mergulhadores encontraram o corpo da peruana Erika Soria Molina, de 26 anos, que trabalhava como camareira no cruzeiro.

Os trabalhos de preparação para a extração das 2.300 toneladas de combustível armazenadas nos tanques do cruzeiro continuam suspensos. O porta-voz italiano da companhia holandesa Smit, que será responsável pela extração, Massimiliano Igueira, explicou em entrevista coletiva na ilha do Giglio que essa manobra “não será retomada antes do meio da próxima semana” por causa do mau tempo.

A companhia tinha previsto começar já neste fim de semana a extrair o combustível que ameaça o litoral e as águas de um dos parques marítimos mais importantes do país. Nos últimos dias, os técnicos da companhia holandesa perfuraram quatro dos seis tanques nos quais estão armazenados 50% do combustível.
Ainda é preciso perfurar outros dois tanques para começar as tarefas de extração, que consistem em aquecer os tanques para liquidificar o combustível, que depois será levado a cisternas externas, enquanto a água do mar é bombeada para dentro dos reservatórios que ficam vazios para evitar que o navio possa se desequilibrar. Os trabalhos para tirar o combustível do cruzeiro durarão cerca de 30 dias, segundo a Defesa Civil italiana.

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