Mortes no trânsito preocupam sociedade, OAB cobra ações de autoridades

No último fim de semana mais duas pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito em Campo Grande. Os números que não param de crescer preocupam a sociedade. Somente no ano passado, 131 pessoas morreram no trânsito da Capital; 82 eram motociclistas, 21 ciclistas, 17 pedestres, sete passageiros e quatro de motoristas. Com números tão alarmantes, […]

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No último fim de semana mais duas pessoas morreram vítimas de acidentes de trânsito em Campo Grande. Os números que não param de crescer preocupam a sociedade. Somente no ano passado, 131 pessoas morreram no trânsito da Capital; 82 eram motociclistas, 21 ciclistas, 17 pedestres, sete passageiros e quatro de motoristas.

Com números tão alarmantes, a OAB/MS (Ordem dos Advogados do Brasil) criou em abril, durante o Encontro Nacional de Segurança e Crimes no Trânsito, a Comissão Especial de Trânsito, presidida por Ana Maria Medeiros, que explica que deste grupo surgiu a GGIT (Gabinete Gestor Integrado de Trânsito) que trabalha para melhorar a situação do trânsito de Mato Grosso do Sul.

A ideia do grupo, explica Medeiros, além de debater os problemas, é cobrar das autoridades que as leis sejam cumpridas e assim evitar impunidades e aumento dos acidentes. Efetivamente, o grupo vai cobrar que as leis sejam cumpridas. “Cabe ao legislativo legislar e a sociedade cobrar e fazer sua parte”, ressalta, explicando que não adianta exigir que o Governo faça sua parte se a sociedade mantiver práticas erradas, como beber e dirigir.

“Temos que educar, ensinar nossos filhos que não pode beber e dirigir. Com o projeto a ‘OAB vai à escola’, fazemos palestras e debatemos os problemas do trânsito. Hoje, velocidade, embriaguez e jovens condutores são os principais fatores que levam aos acidentes, e muitas vezes, a morte”.

A representante da OAB/MS relatou ainda que eventos estão sendo realizadas para que o Gabinete se capacite nesta “batalha”. “Já tivemos, por exemplo, curso de perícia, para poder entender como foi um acidente, e com o tempo analisar os principais problemas no trânsito regional”, relatou a advogada.

“É, em suma, um grupo de trabalho e análise de todos os acidentes graves ocorridos no Mato Grosso do Sul, queremos entender as causas do número excessivo de mortes”, explicou Ana Maria.

No grupo de trabalho também estão representantes da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), da Companhia Independente de Policiamento de Trânsito (Ciptran), Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Corpo de Bombeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Polícia Civil, Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e Secretaria de Estado de Saúde (Ses) estão se reunindo para analisar os acidentes graves e fatais ocorridos em Campo Grande desde o ano passado.

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