Família do ex-astronauta confirmou que ele faleceu neste sábado; Armstrong havia sido submetido a uma cirurgia cardíaca no começo do mês para a desobstrução de artérias

Divulgação/Nasa
Neil Armstrong, primeiro homem a caminhar na Lua, morreu neste sábado aos 82 anos
O ex-astronauta norte-americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua, morreu aos 82 anos neste sábado (25), em Ohio, nos Estados Unidos, segundo confirmação da própria família do ex-astronauta.

Armstrong tinha sido submetido a uma cirurgia no coração no começo deste mês para desobstruir artérias. A causa da morte ainda não foi revelada.

Relembre: Armstrong diz que havia apenas 50% de chance de pousar na Lua

Como comandante da missão Apollo 11, Armstrong se tornou o primeiro ser humano a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969. Foi ele quem proferiu a histórica frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade”.

Ela era o comandante da primeira missão lunar, na Apolo 11, ao lado dos astronautas Buzz Aldrin e Michael Collins. Em 21 de julho de 1969, a cápsula lunar Eagle pousou sobre a superfície lunar e Armstrong – como havia sido planejado – foi o primeiro homem a caminhar sobre a Lua.

Piloto da Marinha

O comandante nasceu no dia 5 de agosto de 1930. Ele foi piloto da Marinha dos Estados Unidos entre 1949 e 1952 e lutou na Guerra da Coreia. Formou-se em 1955 em engenharia aeronáutica pela Universidade de Purdue e atuou como piloto civil da agência que deu origem à Nasa, a Naca (Conselho Nacional de Aeronáutica).

Em uma rara entrevista em maio deste ano , Neil Armstrong disse que os astronautas do histórico voo Apolo 11 calculavam em apenas 50% as possibilidades de pousar sobre a superfície do satélite. “Pensava que eram de 90% as possibilidades de retornar sãos e salvos à Terra depois do voo, mas apenas 50% de possibilidades de pousar sobre a Lua nesta primeira tentativa”, disse Armstrong na ocasião.
A entrevista causou extrema surpresa, já que o veterano astronauta praticamente não fez declarações públicas nos últimos anos. Mas ele decidiu romper o silêncio em uma entrevista à Associação Australiana de Peritos Contábeis Certificados. Segundo o presidente da entidade, o ex-astronauta decidiu oferecer a longa entrevista porque seu pai foi um contador público.
 *Com Reuters e emissoras internacionais