A afirmação da ministra Carmen Lúcia, relatora da Ação Penal 605, é uma citação direta à participação do deputado federal Edson Giroto na Operação Vintém

Ao comentar o andamento do processo relativo à Operação Vintém, a ministra do STF (Supremo Tribunal Federal), Cármen Lúcia, disse que vai priorizar os julgamentos de todos os processos que envolvem candidatos, como é o caso da Ação Penal 605 (Operação Vintém). A afirmação da ministra aconteceu durante breve audiência pública com o ex-deputado estadual, Semy Ferraz.

Semy esteve no STF, em Brasília, no dia 24 de maio, com o objetivo de saber sobre as providências que estão sendo tomadas em relação ao desaparecimento das principais gravações do processo.

Nas gravações, existem diálogos interceptados pela Polícia Federal, em 29 de setembro de 2006, entre Edson Giroto, Edmilson Rosa, Mirched Jafar Júnior e André Puccinelli Filho. Na ocasião eles comentavam sobre a colocação de notas de R$ 20, grampeadas em “santinhos” políticos do então candidato a reeleição a deputado estadual pelo PT, Semy Ferraz.

O procurador Geral da Republica, Roberto Gurgel, denunciou Giroto ao STF como “mentor” da Operação Vintém, a qual acusa os envolvidos em crime de Denunciação Caluniosa.

Durante audiência, Cármen Lúcia, disse ainda que já providenciou as provas que estavam faltando, assim que foi informada do desaparecimento. Além disso, a ministra ressaltou que o sumiço das gravações não aconteceu no STF, como foi divulgado pela imprensa nacional.

A reportagem entrou em contato com o STF para apurar outros casos que envolvam candidatos de Mato Grosso do Sul, nas próximas eleições, mas ainda não obteve resposta.