Ministério Público monta estratégia contra tráfico de animais silvestres no Estado

O foco será principalmente no tráfico de papagaios e o pedido partiu de São Paulo, onde há um grande comércvio desses animais na divisa

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O foco será principalmente no tráfico de papagaios e o pedido partiu de São Paulo, onde há um grande comércvio desses animais na divisa

Em reunião realizada na manhã de hoje (6) no Ministério Público Estadual, promotores do órgão, junto com representantes da PMA (Polícia Militar Ambiental), Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) e Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) traçaram estratégias para montar uma força tarefa no sentido de impedir o tráfico de animais silvestres, especificamente papagaios. O pedido partiu de São Paulo, que tem identificado grande quantidade desses animais sendo comercializados na divisa do Estado.

Após solicitação da promotora de Justiça de São Paulo, Vânia Maria Tuglio, do Gecap (Grupo Especial de Combate aos Crimes Ambientais e de Parcelamento Irregular do Solo), a procuradora de Justiça, Marigô Regina Bittar Bezerra, que é coordenadora do Coama (Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça do Mato Grosso do Sul), organizou o grupo de trabalho para fazer o levantamento de informações.

O trabalho tem caráter preventivo, já que junho é o mês em que os papagaios estão botando e chocando seus ovos. Nessa primeira fase serão identificados os locais com maior incidência de aves silvestres, com o objetivo de impedir que os filhotes sejam retirados de seus ninhos. Posteriormente as pessoas que forem flagradas apreendendo e transportando esses animais serão identificadas e autuadas, para impedir que atravessem a fronteira em rotas direcionadas, principalmente para os Estados de São Paulo e Rio de Janeiro.

Segundo informações do Coama, a princípio será autuado tráfico de papagaios, mas a medida deve ser ampliada para outras espécies de aves silvestres, como o Canário da Terra e Peruano, por exemplo. Além disso, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) deve participar da operação, uma vez que esse tipo de tráfico é comandado por quadrilhas.

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