Os advogados do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, entraram com um requerimento no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) dizendo que ainda estão na defesa de seu cliente. O documento foi entregue na última segunda-feira, prazo limite estabelecido pela juíza Marixa Fabiane, que agora terá que tomar a decisão se aceita ou não. Os defensores de Bola deixaram o plenário no primeiro dia de julgamento do Caso Eliza Samúdio por não concordarem com algumas decisões da magistrada, entre elas, de dar apenas 20 minutos para cada um para que eles apresentassem as questões preliminares. Com isso, o processo foi desmembrado.

Pelo abandono em plenário no primeiro dia de trabalhos, a juíza Marixa Fabiane determinou que cada advogado terá que pagar uma multa de 30 salários mínimos, mais de R$ 18,6 mil. Essa decisão cabe recurso. O documento entregue na segunda-feira foi assinado por Ércio Quaresma e Fernando Magalhães. Zanone Manoel também seguirá no caso. Se a decisão de Marixa foi desfavorável aos defensores eles poderão recorrer.

De acordo com o site Terra, o advogado Ércio Quaresma, que está no caso desde o início, afirmou que os defensores de Bola não vão falar até o ano que vem. “Estamos em um silêncio sepulcral. Não falaremos nada sobre esse caso, pelo menos até fevereiro de 2013. Depois vamos ver o que faremos. Fizemos algo permitido em lei e nunca deixamos o caso. O documento informou apenas que ainda somos os advogados”, disse em conversa por telefone.

Marcos Aparecido será julgado no dia 4 de março de 2013, junto com Bruno e Dayanne que também tiveram seus casos desmembrados. Os outros réus ainda não têm data definida para o júri.