Médica disse que sabia que Letícia era alérgica, afirma namorado
O namorado de Letícia Gottardi, Kalil Mirandola Mustafa, afirmou que a médica Caroline Franciscato, que estava de plantão e prescreveu as doses de dipirona na veia para a vítima, disse que sabia que a jovem era alérgica ao medicamento. A estudante morreu nesse sábado no Hospital Municipal de Bonito e a família responsabiliza o hospital […]
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O namorado de Letícia Gottardi, Kalil Mirandola Mustafa, afirmou que a médica Caroline Franciscato, que estava de plantão e prescreveu as doses de dipirona na veia para a vítima, disse que sabia que a jovem era alérgica ao medicamento. A estudante morreu nesse sábado no Hospital Municipal de Bonito e a família responsabiliza o hospital pela administração do remédio, que teria sido a causa da morte.
Kalil contou que na sexta feira, por volta das 19h, estava com Letícia que se queixava de dores abdominais. Ele a teria levado ao hospital municipal, onde o médico Iber Gomes Sá Neto a atendeu, prescrevendo soro e alguns exames, porque Letícia aparentava fraqueza. Eles retornaram para casa. Às 2h da manha de sábado, a estudante começou a passar mal novamente e o casal retornou ao hospital, mas dessa vez foram atendidos por Caroline, que atendeu a jovem e mandou que fosse ministrada a dipirona na veia da paciente.
Nesse momento o sogro de Letícia, Sani de Souza Mustafa, avisou que ela não poderia receber a dose, por conta da alergia. “Ela disse para a gente: eu sei, e mandou que aplicassem mesmo assim”, afirmou Kalil. Eles voltaram novamente para casa, mas às 5h da manhã, Letícia começou a inchar. Já no hospital, Caroline diagnosticou o inchaço como dor muscular e mandou que fosse aplicada outra dose de dipirona, chegando a receitar Dorflex de 12 em 12h – medicamento que também contém dipirona.
Após a segunda dose, fomos para a casa, mas por volta de 7h eu liguei para meu pai, porque ela estava gelada, com a boca roxa. Quando voltamos, o doutor Iber estava de volta. Ela chegou a ser entubada, mas não tinha mais como salvar, porque os órgãos estavam paralisados”, desabafou. Segundo o namorado, Iber lhe mostrou o prontuário onde constava dos dois lados a restrição ao medicamento.
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