O delegado Cleverson dos Santos confirmou, por telefone, que o marido da estudante Cássia Cristina negou ter sido o autor do assassinato mais bárbaro da história recente de Chapadão do Sul. Ele é o principal suspeito de ter jogado gasolina sobre o corpo da jovem e logo a seguir atear fogo. Ela foi atacada no dia 25 de abril e morreu na madrugada de sábado na Santa Casa de Campo Grande por parada cardíaca, após mais de duas semanas em coma. Juliano negou todas as acusações, inclusive a de ter empapado o corpo da esposa com combustível, apesar dela estar vivendo um relacionamento extra-conjugal.

Por motivos óbvios o delegado não quis revelar a estratégia que será usada para identificar e prender a mente doentia que planejou e executou Cássia Cristina com requintes de crueldade. Contra o Marido (Juliano) pesam a palavra de uma testemunha que ligou para o delegado afirmando que ele seguia a jovem quando ela se dirigia à escola, momento antes do ataque.

Também não está descartada a possibilidade da carta com teor ameaçador ter sido forjada por alguém próximo de Càssia para criar um álibi que justificasse o ataque. A carta foi escrita numa folha do caderno da própria vítima. Isso só poderia ter sido feito por uma pessoa próxima (familiar ou amiga). Foi solicitado um exame grafotécnico para comparar a caligrafia de quem produziu a mensagem com as pessoas ouvidas.

Segundo o delegado o marido de Cássia também foi discutir a relação com o amante da mulher e teria aceitado a possibilidade dela manter o casamento e o caso extra conjugal simultaneamente. Na avaliação do policial a discussão da relação é um indicativo que um crime passional estava sendo maquinado.