Marcha da Maconha atrai mais de cinco mil pessoas no Rio

Foi quase em clima de Carnaval que começou neste sábado no Rio de Janeiro a Marcha da Maconha 2012. Amparada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as manifestações, o ato reuniu mais de cinco mil pessoas, segundo estimativas preliminares da Policia Militar, na avenida Vieira Souto, na orla de Ipanema. Até […]

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Foi quase em clima de Carnaval que começou neste sábado no Rio de Janeiro a Marcha da Maconha 2012. Amparada por uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou as manifestações, o ato reuniu mais de cinco mil pessoas, segundo estimativas preliminares da Policia Militar, na avenida Vieira Souto, na orla de Ipanema. Até a metade de junho, a marcha deve passar por outras 36 cidades.

No Rio, os manifestantes – muitos fantasiados com as folhas da planta e até de baseados – se reuniram no Arpoador e seguiram até o Posto 9 da praia de Ipanema. Ali os partidários do uso da maconha farão uma festa com inúmeros DJs. A animação do cortejo ficou por conta do bloco Planta na Mente, que adaptou marchinhas de carnaval com temas da maconha. “Se o Brasil legalizar, olê olê olá, eu vou plantar”, era o refrão de uma delas.

Em nenhum momento houve qualquer tipo de confronto com a PM, que acompanhou o trajeto com viaturas e motos e muitos agentes desarmados – traziam apenas cassetetes. O objetivo inicial da marcha é que neste ano o STF julgue inconstitucional o artigo 28 da Lei 11.343. Com a extinção desse artigo, o porte e cultivo da maconha para uso próprio não seria considerado mais um crime.

“Acho que existe muita desinformação no Brasil. Muitos países do mundo têm legislações mais avançadas e existem estudos que apontam a eficácia da maconha em tratamentos medicinais. Não somos a favor do tráfico de drogas e do crime organizado, mas da liberdade para que possamos plantar para consumo próprio pelo menos”, afirma a professora Soraia Queiroz.

Apesar da coordenação da manifestação ter avisado que não incentivava o uso de maconha durante a manifestação por isso ainda ser considerado crime, muitas pessoas que participaram da marcha acenderam e fumaram baseados. Os usuários, no entanto, não chegaram a ser incomodados pelos policiais militares, que pareciam mais preocupados em manter a ordem do cortejo no trajeto de cerca de 1 km.

No caminho, os manifestantes conquistaram apoio de muitos moradores de uma das avenidas mais requintadas do Rio de Janeiro. Muitos acenavam de suas janelas, até turistas hospedados no Hotel Fasano, um dos mais caros da cidade.

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