Andressa Mendonça é investigada por corrupção ativa e lavagem de dinheiro

O Ministério Público Federal (MPF) espera concluir os inquéritos contra a mulher do contraventor Carlinhos Cachoeira até o final do mês. Andressa Mendonça é investigada por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. De acordo com o MPF, a Polícia Federal tem o prazo de 30 dias para concluir as investigações e, após esse prazo, os procuradores do MPF têm dez dias para apresentar a denúncia.

Apesar do prazo legal, a expectativa do ministério é de que a PF entregue o inquérito de corrupção ativa nos próximos dias, acelerando a denúncia. O mesmo deve acontecer com a acusação de lavagem de dinheiro, que surgiu após Andressa ter fornecido seus dados pessoais para ser usada como “laranja” na compra de uma fazenda em Luziânia, no entorno do Distrito Federal.

Propina

Andressa Mendonça foi conduzida por agentes da Polícia Federal, na manhã de segunda-feira, até sua delegacia em Goiânia para prestar esclarecimentos sobre uma suposta oferta de propina a um juiz federal. Segundo a PF, Andressa teria feito “uma oferta ao juiz federal Alderico Rocha Santos de vantagem indevida com o objetivo de obter decisão judicial favorável ao réu (Carlinhos Cachoeira)”.

Contra Andressa, foi cumprido mandado de condução coercitiva, além de busca e apreensão na casa onde ela vive. No local, foram apreendidos dois computadores e dois tablets.

Segundo a Justiça, na suposta tentativa de chantagem teria ocorrido na última quinta-feira. A mulher de Carlinhos Cachoeira, teria informado ao juiz a existência de um dossiê contendo informações desfavoráveis ao magistrado responsável pelo processo da Operação Monte Carlo. O material seria publicado pelo jornalista Policarpo Júnior na revista Veja. Se o juiz concedesse liberdade ao contraventor e o absolvesse das acusações ofertadas pelo Ministério Público, Andressa disse que poderia evitar a divulgação do material.

Após o episódio, Andressa foi proibida de acessar ou frequentar o prédio da Justiça Federal de Goiás; de manter qualquer contato, pessoal, telefônico ou por qualquer outro meio, ainda que por outra pessoa, com o juiz Alderico; de manter contato com qualquer um dos réus investigados pela Operação Monte Carlo. A decisão da Justiça Federal de Goiás foi publicada na página oficial do órgão no início da tarde de segunda-feira.

Para não ser presa, a mulher do contraventor pagou R$ 100 mil, de acordo com a medida cautelar expedida pelo juiz federal Mark Yshida.