O percentual de uniões consensuais subiu de 28,6% para 36,4% das uniões entre 2000 e 2010, sendo mais frequente nos grupos com rendimentos menores, representando 48,9% na classe com rendimento de até 1/2 salário mínimo. Já o percentual de pessoas que não viviam, mas já viveram em união conjugal passou de 11,9% em 2000 para 14,6% em 2010.

O Rio de Janeiro foi o estado que mais registrou essa situação: 17,5%. Dentre os casais do mesmo sexo, observou-se que 25,8% das pessoas declararam possuir superior completo, e 47,4% se declararam católicos. Estes e outros dados sobre nupcialidade foram pesquisados pelo Censo Demográfico 2010 do IBGE, que mostra também que a proporção de divorciados quase dobrou, passando de 1,7% para 3,1%.

Verificou-se ainda que o Sudeste é a região onde os homens se casam mais tarde (26,7 anos) e que 69,3% dos brasileiros escolhem parceiros da mesma cor ou raça.

Na análise da fecundidade por cor ou raça, o Censo revelou que as maiores quedas percentuais ocorreram entre as mulheres pretas no Nordeste (29,1%), Norte (27,8%) e Sul (25,3%). Os padrões de fecundidade das mulheres pretas, pardas e indígenas têm estrutura mais jovem (valor máximo entre 20 e 24 anos), contrastando com o padrão das mulheres brancas, que têm maior concentração no grupo de 25 a 29 anos e ainda apresentam grande concentração entre 30 e 34 anos. Para as mulheres com mais de 40 anos, a fecundidade indígena é sempre maior que a dos demais grupos. Entre as mulheres sem instrução e com ensino fundamental incompleto, a taxa de fecundidade chega a 3,09 filhos por mulher, enquanto que, no outro extremo (mulheres com ensino superior completo), a taxa é de 1,14 filho. As mulheres que em 2010 viviam em domicílio com rendimento per capita de até 1/4 de salário mínimo apresentam uma fecundidade ainda muito alta (3,90 filhos) frente a média brasileira (1,90 filhos).