Líderes políticos gregos concordaram com a maior parte das medidas de austeridade exigidas por seus credores e agora estão avaliando cortes de salários e pensões para chegar à economia final de 1,5 bilhão de euros ainda necessária para atingir as metas, disse neste domingo uma fonte que está a par das negociações.

A Grécia tem de poupar 11,5 bilhões de dólares em 2013 e 2014 para satisfazer a seus credores, que estão cada vez mais impacientes e atualmente visitam o país para avaliar o progresso no comprimento dos termos do último pacote de resgate.

Uma fonte no Ministério das Finanças disse que os credores, que tinham a meta de deixar Atenas no fim de julho, vão agora ficar na Grécia até que o plano de cortes esteja esboçado.

“Nós queremos ajudar e vamos ficar o tempo que for necessário, e até que o plano seja finalizado”, disse o chefe da missão do Fundo Monetário Internacional (FMI), Poul Thomsen, ao ministro grego das Finanças, de acordo com uma autoridade da Grécia.

Na semana passada, o governo do primeiro-ministro Antonis Samaras conseguiu montar uma lista de medidas para chegar aos cortes, mas os três partidos de seu gabinete, liderado pelos conservadores, não chegaram a um acordo. As conversações devem ser retomadas na segunda-feira.

“Os líderes políticos não discordam em nenhum ponto. Há apenas propostas alternativas em discussão para proteger aquelas pessoas com pensões baixas ou rendimento de menor valor no setor público’, disse a fonte, que está envolvida nas conversações. “Nós precisamos de medidas no valor de 1,5 bilhão de euros para finalizar o pacote de 11,5 bilhões de euros (de cortes)”.

À beira da insolvência, a Grécia, vem lutando uma batalha cada vez mais desesperadora para convencer líderes céticos do FMI e da União Europeia de que virou uma nova página e está pronta a adotar reformas há muito tempo adiadas em sua economia em recessão.

Mas até o momento os credores parecem longe de estar convencidos disso. Autoridades disseram à Reuters que a Grécia provavelmente vai pedir uma nova reestruturação de sua dívida, a qual a euro zona não pode se dar o luxo num momento em que o mercado enfrenta turbulências por causa da Itália e Espanha.

Segundo a mídia grega, para atingir a meta de economia, os líderes do país estão discutindo possíveis demissões no setor público, um teto para as pensões, cortes em benefícios sociais e de isenções de impostos e reduções de salários para o funcionalismo público, bem como a elevação da idade mínima de aposentadoria em um ano.