Após alegar legítima defesa, Robson Gonçalves da Silva Souza, de 26 anos e a mãe Dilma Gonçalves da Silva Souza, de 43 anos, foram ouvidos no 2° D.P. e vão esperar laudos periciais em liberdade em Campo Grande.

Os advogados Amilton Ferreira de Almeida e Nei Vilela apresentaram no fim da tarde desta sexta-feira (29) Dilma Gonçalves da Silva Souza, de 43 anos e Robson Gonçalves da Silva Souza, de 26 anos, mãe e filho acusados de matar Alenilton Marcos Miranda da Costa, de 30 anos, no Jardim Imperial.

Segundo o delegado titular da 2ª D.P., Weber Luciano de Medeiros, o rapaz que já tem passagem pela polícia por homicídio, mas foi inocentado pelo tribunal do júri por unanimidade, alegou que matou o padrasto durante uma briga para defender a mãe.

Morando junto com a vítima a cerca de um ano e meio, Dilma conta que descobriu que ele era usuário de drogas há três meses. “Não queria isso para minha casa e ele começou a ficar violento. Usava drogas todos os dias e me agredia todos os dias também”, disse.

Ela alega que há uma semana procurou uma casa para alugar para poder morar com seu filho Robson e a filha adotiva mais nova, de quatro anos.

“Ele sempre foi muito próximo e carinhoso com os dois, até que começou a beber e usar drogas. Uma vez, levou eu e minha filha para a boca de fumo. Eu a vi juntar as mãos e rezar para que o pai parasse de me bater. A partir deste dia decidi que não queria mais”, alega.

Apesar de ser agredida, Dilma nunca registrou um boletim de ocorrência por violência doméstica nem nunca procurou a delegacia da mulher. “Eu tinha medo dele, mas gostava muito dele também. Eu me arrependo porque não valeu a pena e penso que se não fosse ele, ou eu, meu filho ou filha estaríamos mortos agora. Lamento por ter colocado meu filho nesta situação”.

Para Robson, que era amigo do padrasto, sobra arrependimento. “Eu fui para cima dele tentar defender a minha mãe e o matei. Foi tudo muito rápido, mas eu só pensei na minha família”, disse.
O delegado contou que durante os depoimentos, Robson e a mãe não entraram em contradição.

“Ele disse que brigou com o padrasto para retirar a arma da mão dele e acabou baleando-o. Como ele tem um problema neuromotor, acabou caindo e continuou atirando em Alenilton”.

Weber Luciano Medeiros declarou que, por enquanto, vai manter a versão da família de legítima defesa, Somente após os laudos, se alguma informação não bater com a versão contada por eles, poderá ser feita uma reconstituição do crime e pedido de prisão preventiva dos dois.