Fiscais agropecuários não aceitaram a proposta de reajuste salarial oferecida pelo governo e manterão a greve. A categoria informou que a proposta de 15,8% oferecida não atende às reivindicações da classe. Conforme o governo, as categorias que não concordarem ficarão sem aumento.

Amanhã o Condsef (Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal) fará uma assembleia em Brasília para discutir a proposta do governo. A reunião contará com a participação de representantes do movimento grevista do Mato Grosso do Sul, o Sindsep (Sindicato dos Servidores Públicos Federais).

No último sábado, o governo deu prazo até a próxima terça-feira (28) para que os representantes das categorias assinem os acordos concordando com o reajuste de 15,8%, dividido em três anos.

A Polícia Federal conseguiu na última sexta-feira, 24, uma antecipação de tutela que barra o corte do ponto dos agentes. Segundo Jorge Luiz Caldas, presidente do Sindicato dos Policiais Federais do MS, a partir desta terça-feira, vários outdoors serão veiculados na cidade com o questionamento: “A quem interessa calar a Polícia Federal?”. O presidente avalia que a categoria vem sendo tratada de forma desigual.

Também na sexta-feira, o Sista (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do MS) aceitou a proposta de reajuste do governo e retornaram ao trabalho já nesta segunda-feira.

Governo

No próximo dia 31, sexta-feira, termina o prazo para o envio do Orçamento ao Congresso Nacional, com a previsão de gastos com a folha de pagamento dos servidores para 2013.

Até o momento, só as negociações com a área da educação, segmento considerado estratégico e prioritário pelo governo, foram resolvidas. Apenas a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições de Ensino Superior (Proifes), que representa a minoria dos docentes federais, e a Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), representante dos técnicos administrativos universitários, aceitaram a proposta do governo.

O Ministério do Planejamento estima que a greve envolva cerca de 80 mil servidores públicos federais. Em contrapartida, os sindicatos calculam que cerca de 350 mil funcionários aderiram ao movimento.