Fabio Trad critica incoerências na liberação de álcool na Copa
O Senado recebeu esta semana o projeto da Lei Geral da Copa, aprovado na última quarta-feira (28) pela Câmara dos Deputados, deixando em aberto a possibilidade da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o evento. A lei gerou polêmica. Os desencontros tiveram início quando o governo decidiu, para agradar a bancada evangélica e facilitar […]
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O Senado recebeu esta semana o projeto da Lei Geral da Copa, aprovado na última quarta-feira (28) pela Câmara dos Deputados, deixando em aberto a possibilidade da venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o evento. A lei gerou polêmica.
Os desencontros tiveram início quando o governo decidiu, para agradar a bancada evangélica e facilitar a aprovação da lei, resolveu tirar do texto o artigo que deixava explícita a liberação da venda das bebidas, proposta pelo relator, Vicente Cândido (PT-SP).
Um acordo assinado com a Fifa, no entanto, garante que o país não vai impor restrição à venda de bebidas nos estádios durante o evento, o que fez o governo recuar e reincluir no projeto a liberação explícita no texto.
A confusão só terminou quando, pressionado por aliados, o governo resolveu apoiar o texto aprovado, que apenas suspende, durante o evento, o artigo do Estatuto do Torcedor que proíbe a venda do álcool nos estádios durante as duas competições.
O deputado federal Fabio Trad (PMDB – MS) apontou contradições neste imbróglio: “O governo quer agora quer endurecer a Lei Seca no país, mas para os jogos da Copa do Mundo abre uma exceção perigosa só por conveniência comercial. Lamento que os mesmos deputados que agora se mobilizam objetivando restringir o uso de bebidas alcoólicas e punir cidadãos que dirigem embriagados, não tenham mostrado o mesmo empenho e preocupação cívica com a saúde pública e a paz no transito na votação da Lei Budweiser, que permite a bebida alcoólica nos estádios. Esta contradição revela, em minha opinião, incoerência que põe em duvida os propósitos públicos das medidas”, disparou.
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