Dourados tem 2º caso de leishmaniose humana confirmado

Jovem de 23 anos foi diagnosticado no Hospital Universitário de Dourados

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Jovem de 23 anos foi diagnosticado no Hospital Universitário de Dourados

A cidade de Dourados confirmou na semana passada o segundo caso de leishmaniose humana. Trata-se de um jovem de 23 anos, que foi diagnosticado no Hospital Universitário. De acordo com informações, ele já recebeu alta e faz o tratamento em casa. A suspeita ocorreu em 30 dias, sendo confirmada após o resultado de exames no hospital. Em relação a animais, este ano Dourados registrou 30 casos de soro positivo da doença em caninos.

Para o coordenador de Vigilância em Saúde de Dourados, Eduardo Arteiro Marcondes, a população precisa se conscientizar. Segundo ele, apesar de baixos os números de casos da doença em humanos (2) e prevalência em animais (5,9%) é preciso se alertar contra o aumento da infestação do mosquito Flebótomo, transmissor da doença.
Segundo ele, a proliferação do vetor está principalmente em criadouros de aves, bordas de mata e materiais orgânicos presentes em lixo. “O habitat ideal desse mosquito está no sangue exposto de galinhas. Por isto a criação de aves em território urbano é tão preocupante principalmente quando não se obedece critérios rigorosos de higiene”, revela.
Eduardo alerta a população em regiões onde há criação de aves em situação inadequada. Eles estão em risco, principalmente pela manhã, entre 6h e 8h, e no final da tarde, entre 17h e 19h. “Estes são os horários em que o mosquito mais age picando humanos e animais. Para quem chega do trabalho e vai tomar o seu tereré debaixo de uma árvore, por exemplo, precisa se certificar que o vizinho não está fazendo uma criação imprópria de aves, pois certamente a pessoa pode se tornar uma vítima da leishmaniose”, explica o coordenador de vigilância.
Eduardo diz que estão sendo tomadas medidas para combater a doença em Dourados. Uma delas é a multa, que varia de R$ 500 a R$ 800 aos proprietários de terrenos baldios em situação de abandono. Outra ação é o controle animal que o CCZ realiza, tirando de circulação animais infectados com a doença. Aplicação de inseticidas e medidas de controle ambiental também estão sendo realizadas.
Marcondes também pede para que a população vacine os cães como uma forma de evitar a doença. “Infelizmente ainda não temos a vacina disponível na rede pública, mas quem tiver condições de vacinar o seu cão poderá evitar que ele adquira a doença. Em Dourados a vacina é encontrada em todos as veterinárias”, destaca.
DENGUE
A chegada do calor intenso e chuvas, típicos da primavera e do verão, propiciam a infestação da dengue. Por causa disso, segundo Eduardo, o município está desenvolvendo a campanha “Verão sem Dengue”. Serão feitas visitas domiciliares dos agentes de saúde para trabalho educativo e mecânico, além de localizar depósitos de água parada com larvas do mosquito Aedes aegypti. Os agentes também farão notificações com base na Lei da Dengue. Segundo Marcondes, este ano foram confirmados 32 casos positivos da doença com 162 notificações. No ano passado, no mesmo período foram computados 282 casos com 72 confirmados.

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