Local foi invadido e preocupa população. Vigilância Sanitária constatou irregularidade e aplicou multa na empresa Audifar

Várias caixas de medicamentos vencidos estão abandonadas no ex-prédio da Distribuidora de Medicamentos Audifar Ltda, que funcionava na BR-163, 5413, em Campo Grande, MS.

Moradores da região denunciaram que o prédio havia sido invadido e que a medicação estaria no local pondo em risco a saúde de quem entrasse ali, ou mesmo pegasse os remédios do local e desse a outra pessoa.

A Vigilância Sanitária Municipal, órgão ligado a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), foi até o local e constatou com moradores a medicação ‘abandonada’.

Segundo Antônio Carlos dos Reis Cardoso, chefe de serviço de fiscalização de medicamentos e produtos da Vigilância Sanitária Municipal, o Auto de Infração já foi lavrado e vai ser enviado ao responsável pela Audifar, o empresário Elizeu Oliveira Bueno.

O chefe de fiscalização informou que neste caso, a multa pelo ‘descarte’ irregular dos medicamentos pode variar entre R$ 100 a R$ 15 mil. O valor, segundo ele, varia de acordo com a gravidade do fato.

Ele ainda explicou que a Coordenadoria de Julgamento e Consulta da Sesau é quem avalia o processo e aplica a multa. Ele ainda informou que a distribuidora encerrou as atividades há alguns anos em Mato Grosso do Sul e provavelmente a medicação ficou para trás.

“O problema é que como não houve um descarte correto do remédio, pessoas podem entrar no prédio e usar a medicação”, pontua Cardoso.

A Vigilância Sanitária ainda informou que vai comunicar o problema para o Juizado da 6ª Vara Cível para saber comno proceder no caso.

Outro lado

A reportagem entrou em contato com o senhor Elizeu Oliveira Bueno que respondeu aos questionamentos por meio de seu advogado Vladir Ignácio.

Eles informaram que a filial de Campo Grande foi fechada em 2007 e que 100% por cento do material foi transnferido para a matriz em Guarulhos, SP. Com exceção do produto Power Up, que não é medicamento.

Ainda segundo a nota, a empresa está em recuperação judicial e pretende voltar a atuar em Mato Grosso do Sul. Eles também informaram que vão enviar um representante da empresa ao Estado para solucionar o problema, já que segundo a empresa, as denúncias não têm fundamento e podem manchar o nome da Audifar.

Veja abaixo o texto na íntegra.

Esclarecemos que a Audifar Comercial Ltda entrou em Recuperação Judicial em 01.03.2007, e continua na luta para retomada das atividades comerciais.

Uma das medidas tomadas pela administração da empresa foi o fechamento da filial de Campo Grande-MS que ocorreu em março de 2007. Por ocasião do encerramento das atividades no Estado do MS, em meados do mês de maio de 2007 efetuamos a transferência de estoque de mercadorias existentes naquela localidade para a matriz da recuperanda, localizada em Guarulhos/SP

Importante salientar que 100% do estoque de medicamentos foi transferido para a matriz, ou seja, NÃO DEIXAMOS NENHUM medicamento no estabelecimento.

Especificamente, uma pequena quantidade do produto POWER UP, que não é medicamento, não foi transferido em razão do fornecedor assumir a retirada do produto do nosso estabelecimento em Campo Grande-MS, o que até o momento não ocorreu.

Sempre seguimos a risca as normas de descarte de medicamento determinadas pela Vigilância Sanitária local. É fato notório que nunca fomos autuados pela Vigilância Sanitária por esse motivo. Informamos que até o presente momento não fomos notificados pela Vigilância Sanitária quanto a esta denúncia.

Com relação a foto mencionada, não podemos fazer qualquer comentário em razão de não ter acesso a mesma.

Não obstante, estaremos encaminhando um portador para avaliar a real situação apresentada pela denúncia, bem como NOTIFICAR a indústria a retirar esses produtos do local, ou se houver necessidade de descarte de produtos a recuperanda estará tomando as medidas cabíveis para solução definitiva do problema.

Cumpre esclarecer que a recuperanda tem intenções de voltar a operar no Estado do MS, e por isso tomará todas as medidas corretivas e necessárias para que seu nome não seja manchado por denúncias sem fundamento, ou má intencionadas.