Detentos do Presídio Federal de Campo Grande estão na lista de “mesada” do PCC

Nomes de detentos encarcerados no presídio Federal em Campo Grande compõe lista de “filiados” que recebem ajuda financeira do PCC que varia de R$ 4,5 mil a R$ 28 mil mensais.

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Nomes de detentos encarcerados no presídio Federal em Campo Grande compõe lista de “filiados” que recebem ajuda financeira do PCC que varia de R$ 4,5 mil a R$ 28 mil mensais.

Reportagem publicada na Folha online neste sábado (3) traz informações de que alguns detentos das quatro penitenciárias federais do país recebem ajuda financeira da facção criminosa PCC. Segundo a publicação, o grupo criminoso repassa a seus “filiados” mensalmente valores que variam entre R$ 4,5 mil e R$ 28 mil. Os documentos obtidos pela reportagem da Folha já estão em posse da polícia e do Ministério Público.

O dinheiro seria repassado para os parentes dos presos que cumprem pena nos presídio de Campo Grande-MS, Mossoró-RN, Porto Velho-RO e Catanduvas-PR, para bancar viagens e também para a permanência das famílias nas cidades onde os integrantes da facção estão encarcerados. Segundo promotores e policiais, em alguns casos os pagamentos servem para a família atualizar os presos sobre as “operações”, durante as visitas.

Além das famílias, a lista aponta gastos com advogados, conhecidos como “gravatas”, em valores mensais de R$ 200 mil. De acordo com a matéria da Folha, os dados fazem parte de arquivos apreendidos em pendrives, em três operações policiais realizadas na região metropolitana de São Paulo e na Baixada Santista. O material estava com membros da facção e seria entregue para chefes da organização criminosa, que estão em presídios paulistas.

Os governos federal e estadual decidiram nesta semana que se for necessário, parte dos criminosos de São Paulo será transferida para penitenciárias da União. Outro dado relevante é de que a ajuda financeira não é exclusividade para os “filiados” de penitenciárias federais.

Famílias de presos que estão em presídios da capital de São Paulo e do interior paulista recebem ajuda mensal entre R$ 11.890 a R$ 46.750. Os maiores valores são para os parentes de presos da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, onde estão a maioria dos chefes da facção. Mulheres vinculadas ao PCC, que estão na penitenciária feminina de Santana, também recebem o auxilio. (Com informações da Folha online)

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