O delegado titular de Ribas do Rio Pardo, Reginaldo Salomão afirmou ao Midiamax que não cometeu qualquer ato de coação contra o médico plantonista do Hospital Municipal 19 de Março, Belarmino Batista Neto, no dia 22 deste mês, para que o mesmo fizesse um atestado de óbito.

Reginaldo Salomão explica que ao solicitar que o médico Belarmino Neto fizesse o atestado de óbito agiu conforme orientação do Conselho Nacional de Medicina, que publicou uma cartilha com diversas diretrizes, inclusive sobre esse assunto. “Quando não é morte violenta não precisa solicitar trabalho de perícia. Como foi nesse caso, o corpo é apresentado ao médico e se ele achar que a situação não é de morte natural determina que encaminhe para periciar”, explica.

O médico Belarmino Batista disse à reportagem que se viu obrigado a fazer um atestado de óbito com causas naturais depois que se sentiu ameaçado pelo delegado da cidade. Inicialmente ele se recusou porque não tinha visto o corpo e nem sido nomeado perito ad hoc para proceder tal função. Já o delegado defende que, na verdade, o convidou para ir até a delegacia quando terminasse o plantão para resolver a questão. “O corpo estava há quase 12h pra lá e pra cá. Diante das autoridades de as´de do mnicípio iria resolver a questão lá na delegacia”, diz Reginaldo Salomão.

De acordo com o delegado, a ideia não era instaurar procedimento contra o médico Belarmino. Tanto que na recusa do médico de ir até onde estava o corpo, inclusive por ter muita gente para atender, o corpo foi levado ao hospital para que o atestado de óbito fosse feito.

versão do médico

Belarmino Neto diz que estava de plantão no Hospital Municipal 19 de Março quando por volta das 11h um familiar de um homem que foi encontrado morto em sua casa foi até a unidade hospitalar solicitando um atestado de óbito. “Eu disse que não poderia dar o atestado porque não tinha visto o corpo”, alega.

Ainda de acordo com o médico, a informação é que anteriormente ao pedido de atestado, o serviço de pax da cidade já havia recolhido o corpo com autorização da família para que providenciasse o funeral. O seja, o defunto já tinha sido removido do local onde foi encontrado morto.

Belarmino Neto conta que na sua recusa de fazer o atestado pelos motivos de: estar de plantão com inúmeros pacientes graves, inclusive em como diabético, não ter visto o corpo no local achado e ainda não ter nomeação como perito para emitir o atestado.