O senador Delcídio do Amaral (PT) lamentou, neste sábado (27), o fato de o candidato governista (PMDB) não ter aproveitado debate da TV Morena para explicar à população campo-grandense sobre seu suposto envolvimento na Operação Vintém que, inclusive, está prestes a ser julgado no Supremo Tribunal Federal (STF).

A manifestação surgiu após defender a indagação sobre o tema feita ao governista pelo candidato Alcides Bernal (PP), no debate de ontem (26). “O Bernal foi muito atacado durante a campanha e, quando questionou sobre coisas públicas e não fabricadas, Giroto não esclareceu o processo à população”, disse Delcídio.

A Operação Vintém trata de suposta armação de crime eleitoral, em 2010, para prejudicar a reeleição do então deputado estadual Semy Ferraz. Por meio de interceptações telefônicas, chegou-se a suposta participação de Giroto no crime de denunciação caluniosa. Relatora do caso no STF, a ministra Cármem Lúcia antecipou apreciar o caso assim que encerrar o julgamento do chamado Mensalão.

Ainda sobre o debate, Delcídio avaliou que Bernal não tem motivos para fugir de confrontos mano a mano com o adversário, como os governistas acusaram no segundo turno da eleição. “Para quem dizia que ele fugia, Bernal mostrou estar preparado para responder todo tipo de pergunta”, destacou.

Para o senador, o candidato do PP “falou para o povo”, apresentou propostas e atacou na hora certa. “Ele foi sereno e bem superior ao desempenho do candidato governista”, opinou.

Pesquisa DATAmax

Sobre a pesquisa DATAmax, divulgada neste sábado, Delcídio disse que o levantamento “demonstra a realidade das ruas”. “O povo quer mudança, quer virar a página, pois não aceita mais velhas práticas na política, quer um governante que preste contas, produza, ande pelas ruas e saiba conviver com críticas”, avaliou.   

De acordo com a pesquisa, Bernal seria eleito prefeito de Campo Grande, com 32,12 pontos de vantagem em relação a Giroto.

Sobre o aumento de denúncias de compra de votos na reta final da campanha, Delcídio frisou que o PT está “fazendo o possível” para evitar irregularidades.

“Somos um exército aguerrido, mas resistente”, afirmou. Para ele, o mais importante para combater a compra de voto é ter o povo do lado. “Quando o povo quer mudança, os políticos precisam aceitar”, defendeu.