Defesa de Demóstenes pede mais prazo ao Conselho de Ética
O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, protocolou nesta segunda-feira um pedido ao Conselho de Ética do Senado para que seja concedido mais prazo para a defesa de seu cliente. Kakay alegou que ainda não teve tempo suficiente para estudar o relatório preliminar do relator do processo, […]
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O advogado do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, protocolou nesta segunda-feira um pedido ao Conselho de Ética do Senado para que seja concedido mais prazo para a defesa de seu cliente. Kakay alegou que ainda não teve tempo suficiente para estudar o relatório preliminar do relator do processo, senador Humberto Costa (PT-PE), e pediu mais dez dias para isso.
Para o advogado, o amplo direito de defesa do senador ficará prejudicado se o conselho votar o relatório de Costa nesta terça-feira, conforme está marcado. O presidente do Conselho de Ética do Senado, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), disse que irá estudar esta noite a petição da defesa de Demóstenes para decidir se acata o pedido.
“Amanhã darei um retorno. Eu vou ler o meu despacho (amanhã), fazer um resumo da petição dele e dizer se concordo ou não. Na verdade, eu não estive nem com o relator ainda para conversar. Vou conversar com ele e me debruçar sobre isto essa noite”, disse o presidente do conselho.
Se Valadares recusar o pedido da defesa de Demóstenes e o relatório de Humberto Costa for aprovado amanhã, um processo de investigação será aberto para apurar as denúncias resultantes de inquérito da Polícia Federal (PF) sobre o envolvimento de Demóstenes Torres com uma quadrilha de exploração de jogos ilegais em Goiás. Inúmeras conversas do senador com o bicheiro Carlinhos Cachoeira foram grampeadas pela PF durante as investigações.
Demóstenes alega inocência. Se o processo de investigação for realmente aberto, pode resultar num pedido de cassação do mandato do senador que terá que ser votado pelo plenário do Senado.
Carlinhos Cachoeira
Acusado de comandar a exploração do jogo ilegal em Goiás, Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi preso na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, em 29 de fevereiro de 2012, oito anos após a divulgação de um vídeo em que Waldomiro Diniz, assessor do então ministro da Casa Civil, José Dirceu, lhe pedia propina. O escândalo culminou na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos e na revelação do suposto esquema de pagamento de parlamentares que ficou conhecido como mensalão.
Escutas telefônicas realizadas durante a investigação da PF apontaram contatos entre Cachoeira e o senador democrata Demóstenes Torres (GO). Ele reagiu dizendo que a violação do seu sigilo telefônico não havia obedecido a critérios legais.
Nos dias seguintes, reportagens dos jornais Folha de S.Paulo e O Globo afirmaram, respectivamente, que o grupo de Cachoeira forneceu telefones antigrampos para políticos, entre eles Demóstenes, e que o senador pediu ao empresário que lhe emprestasse R$ 3 mil em despesas com táxi-aéreo. Na conversa, o democrata ainda vazou informações sobre reuniões reservadas que manteve com representantes dos três Poderes.
Pressionado, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado em 27 de março. No dia seguinte, o Psol representou contra o parlamentar no Conselho de Ética e, um dia depois, em 29 de março, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski autorizou a quebra de seu sigilo bancário.
O presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN), anunciou em 2 de abril que o partido havia decidido abrir um processo que poderia resultar na expulsão de Demóstenes, que, no dia seguinte, pediu a desfiliação da legenda, encerrando a investigação interna. Mas as denúncias só aumentaram e começaram a atingir ouros políticos, agentes públicos e empresas.
Após a publicação de suspeitas de que a construtora Delta, maior recebedora de recursos do governo federal nos últimos três anos, faça parte do esquema de Cachoeira, a empresa anunciou a demissão de um funcionário e uma auditoria. O vazamento das conversas apontam encontros de Cachoeira também com os governadores Agnelo Queiroz (PT), do Distrito Federal, e Marconi Perillo (PSDB), de Goiás. Em 19 de abril, o Congresso criou a CPI mista do Cachoeira.
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