Crítica: fim de Fina Estampa decepciona quem é fã de Crô

Mais do que qual seria o destino de Griselda e Tereza Cristina, o público queria mesmo era saber quem seria o misterioso amante de Crô, o mordomo interpretado por Marcelo Serrado. Aguinaldo Silva, como já tinha anunciado na internet, decidiu manter a promessa e não revelou quem era o personagem. O que foi uma pena, já que durante toda a novela a expectativa ficou no ar. Quem estava ansioso acabou ficando decepcionado.

Tirando isso, o encerramento de Fina Estampa seguiu os padrões mostrados ao longo de toda a trama, ou seja, Tereza Cristina versus Griselda em seu confronto final. A vilã estava completamente descontrolada e pronta para acabar com sua rival. Fez de tudo para isso, mas acabou falhando. Para tentar se safar da prisão, fugiu de barco com Pereirinha (José Mayer), que também mostrou não estar lá muito bem de suas faculdades mentais. A embarcação afundou e, aparentemente, ambos morreram. Enquanto isso, em terra firme, tudo foi se resolvendo. Griselda se deu bem, Antenor se formou, Esther ficou com a bebezinha, Teodora e Quinzé se entenderam, Wallace Mu venceu sua luta e assim foi.

Quem assistiu ao final da novela pode perceber que Tereza Cristina não morreu. Ela reapareceu na última cena, no banco traseiro de um carro. Abaixou o vidro escuro e encarou Griselda. Deu uma risada malévola e foi embora. Está cada vez mais raro a morte de vilões em novelas brasileiras.

Fina Estampa foi uma novela bem sucedida em termos de audiência e, desde seu início, agradou muito ao público. Aguinaldo Silva criou uma trama leve, divertida e bem movimentada, com vários acontecimentos. Talvez tenha pecado um pouco nas várias referências às suas próprias novelas do passado, mas o povão mesmo não ligou para isso. Agora é ver o que Avenida Brasil, novo folhetim das nove, tem para mostrar.