Mais uma reviravolta no caso do suposto assassinato de uma criança indígena da etnia Awá-Guajá, no interior do Maranhão. Algumas horas após a Fundação Nacional do Índio (Funai) dizer que tudo não se tratou de um “boato maldoso”, o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) reafirmou a denúncia do suposto assassinato. Os ativistas consideraram precipitada a conclusão da Funai, que pôs panos quentes no caso e emitiu comunicado para todo o país após ouvir apenas uma testemunha.

Pressão dos madeireiros

O que aconteceu é que uma das principais testemunhas do caso, Clóvis Tenetehara, líder do grupo Guajajara e autor da denuncia original, disse aos técnicos da Funai que tudo não passou de um boato. O problema, segundo o Conselho Indigenista, é que o Guajajara vivem numa região onde os madeireiros têm forte presença. Eles acreditam que o líder tenha voltado atrás por medo de represálias contra a sua tribo.