A reportagem percorreu trechos onde a ciclovia da avenida Afonso Pena está praticamente pronto, e, conversou com ciclistas que já a utilizam.

Entrevistados falaram sobre a importância das ciclovias na locomoção, onde alguns até trocaram veículos automotores, pela bicicleta e também comentaram sobre a obra em si, nos trechos onde está quase tudo pronto.

A ciclovia que se estende da Praça Newton Cavalcante até o Parque das Nações, em cerca de 7,6 quilômetros de extensão é feito com investimentos na ordem de R$ 200 mil, com recursos próprios de Campo Grande.

Na matéria “Prefeitura retoma construção da ciclovia da Afonso Pena após decisão judicial”, do próprio site da administração municipal, de 14 de setembro deste ano, o chefe da Divisão de Manutenção de Vias da Seintrha, engenheiro Silvio Cesco, disse que “o piso da pista será construído com tijolinhos fabricados com 20% de pneus reciclados que substituirão as pedras de concreto”.

Esse trecho de tijolos fica nas proximadades da Praça Ary Coelho e da Prefeitura, o restante da pista é uma lama asfáltica. É justamente sobre essa lama asfáltica, que ciclistas entrevistados comentaram.

Em alguns cruzamentos, ainda não existe a sinalização horizontal, que são as faixas pintadas de vermelho no asfalto, para a passagem dos ciclistas. No trecho, em frente ao Camelódromo o meio fio ainda não foi quebrado e rebaixado. Outro ponto que chama atenção, é no cruzamento da Afonso Pena com a Ernesto Geisel, onde tem o córrego.

No local, quem transita de bicicleta tem de usar a avenida, inclusive na contramão, para quem vem no sentido centro-bairro.

“Já havia comentado antes com alguém. Não foi feito com o devido carinho, pois ficou com essas ondulações”, disse o ciclista Antônio Pequeno, 52, militar da Aeronáutica.

“Muito ruim o trabalho, falta de alinhamento, deve ter sido feito para entregar logo, mas não ficou bom, nem passaram o rolo. É igual andar a cavalo aqui, por causa das trepidações. Acho que perderam as eleições e o gosto de terminar a obra”, argumenta o vigia noturno Pedro Fernando de 60 anos. “Mas é por outro lado é bom, pois tem que ter ciclovia mesmo”, reafirma o vigia noturno.

Ciclistas que transitam na ciclovia, da avenida Lúdio Coelho, onde existe o meio-fio, e, a pista é mais larga fazem comparação entre as duas pistas.

“Aqui é mais largo e plano [ciclovia da Lúdio Coelho], lá é muito estreito, não tem meio fio e com isso enche de terra”, disse o comerciante Ebert Gonzaga de 29 anos. “Fora isso, eu gostei, troquei o carro pela bicicleta”, ressalta.

A Prefeitura informou que não haverá o meio-fio, pois se trata de uma ciclovia de
modelo diferente, onde neste caso, não limita a pista. Ainda de acordo com a administração, isso permite que a água da chuva seja direcionada para a grama, de forma a permitir seu reaproveitamento.

Em relação as faixas nos cruzamentos, que indica a passagem da ciclovia, ainda serão pintadas.

Já sobre o cruzamento da Ernesto Geisel com Afonso Pena a assessoria de imprensa disse que terá toda a segurança, uma vez que terá uma rampa e ponte metálica de 2,10 m de largura. Sobre a qualidade da obra, a prefeitura não quis comentar. (Leia mais sobre a Ciclovia da Afonso Pena em notícias relacionadas).