Chávez assistirá em dezembro à cúpula do Mercosul em Brasília
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, assistirá à cúpula do Mercosul de 7 de dezembro em Brasília, anunciou o chefe de Estado esta quinta-feira após receber, em Caracas, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, para “acelerar” o processo de integração do país caribenho no bloco regional. “O chanceler Patriota me trouxe o convite para ir a Brasília […]
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O presidente venezuelano, Hugo Chávez, assistirá à cúpula do Mercosul de 7 de dezembro em Brasília, anunciou o chefe de Estado esta quinta-feira após receber, em Caracas, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, para “acelerar” o processo de integração do país caribenho no bloco regional. “O chanceler Patriota me trouxe o convite para ir a Brasília em 7 de dezembro, se Deus quiser lá estaremos”, disse Chávez após se reunir com o funcionário brasileiro na sede do governo, em sua primeira aparição à imprensa desde que foi anunciado presidente reeleito em 10 de outubro.
O governante afirmou que no âmbito da incorporação da Venezuela ao Mercosul, formalizada em 31 de julho, se está “acelerando tudo” com vistas à “ativação a um nível superior do comércio, dos investimentos das importações, das exportações e do desenvolvimento” com os restante dos membros. Após este ingresso, o bloco – constituído por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (suspenso) – se tornou a quinta economia do mundo, depois de Estados Unidos, China, Alemanha e Japão.
Chávez antecipou que em dezembro as equipes técnicas esperam concluir vários acordos do processo de integração, como os de tarifas alfandegárias externas. “Todos estes programas, decisões, vêm avançando em bom ritmo, não podemos desperdiçar este grande momento dentro da história da Venezuela e sul-americana”, acrescentou. O presidente mostrou-se, ao mesmo tempo, partidário de que o Paraguai retorne ao bloco em “poucos meses”, quando “retornar a democracia” para este país, depois das eleições, previstas para abril de 2013. A entrada da Venezuela foi decidida simultaneamente à suspensão do Paraguai pela destituição do presidente Fernando Lugo em 22 de junho, após um julgamento sumário no Congresso, e a posse do vice-presidente, Federico Franco. Patriota comemorou o “grande potencial” das relações bilaterais e cumprimentou Chávez por sua reeleição no pleito de 7 de outubro, no qual obteve 55% dos votos, onze pontos a mais do que o adversário, Henrique Capriles.
A presidente “Dilma (Rousseff) tem a intenção de estar aqui em 10 de janeiro” para a posse de Chávez, disse Patriota, que previamente tinha se reunido com o chanceler e vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro. No âmbito bilateral, Chávez informou que entre 12 e 13 de novembro uma delegação do BNDES visitará seu país para trabalhar como órgão parceiro da Venezuela e “avaliar (…) o gigantesco potencial de crescimento econômico que tem” o país caribenho.
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