O presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou na noite de sábado o reaparecimento de “algumas células malignas” na mesma região onde foi detectado um câncer em 2011, razão pela qual precisará se submeter a uma “nova intervenção cirúrgica” em Havana, para onde viajará neste domingo.

 “Por alguns outros sintomas, decidimos com a equipe médica adiantar exames (…) e, bom, lamentavelmente, nesta revisão exaustiva, surge a presença na mesma área afetada de algumas células malignas novamente”, disse Chávez em uma rede de rádio e televisão.

“É absolutamente imprescindível me submeter a uma nova intervenção cirúrgica e isso deve ocorrer nos próximos dias, inclusive digo que os médicos recomendavam que fosse ontem (sexta-feira), no mais tardar ontem ou este fim de semana, mas eu disse não”, explicou o presidente, afirmando que originalmente partiu para Havana para um tratamento complementar.

Assim, o presidente venezuelano, de 58 anos e desde 1999 no poder, disse que voltará neste domingo a Cuba para se submeter à cirurgia, ao mesmo tempo em que pediu aos venezuelanos que se ocorresse algo que o “inabilitasse de alguma maneira” para assumir em janeiro um novo mandato – que venceu nas eleições de outubro – elegessem o vice-presidente Nicolás Maduro como novo presidente.

Chávez, que esteve ausente da vida pública por três semanas antes de retornar na sexta-feira de Cuba, para onde havia partido no dia 27 de novembro para um tratamento de oxigenação hiperbárica, foi diagnosticado pela primeira vez com câncer em junho de 2011 e sofreu uma primeira recaída em fevereiro deste ano.

A localização e a gravidade da doença do presidente venezuelano nunca foram reveladas, e Chávez foi tratado quase exclusivamente em Cuba, onde também recebeu ciclos de quimioterapia e radioterapia