CCZ e militares trabalham no combate à dengue em Corumbá

Agentes de endemias e 40 militares da Marinha do Brasil percorreram casas na parte alta e área central de Corumbá durante a quarta-feira, 12 de dezembro. O trabalho faz parte da mega operação de combate à dengue desencadeada pela Prefeitura Municipal de Corumbá, através de um estudo feito pelo Comitê da Dengue que criou um […]

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Agentes de endemias e 40 militares da Marinha do Brasil percorreram casas na parte alta e área central de Corumbá durante a quarta-feira, 12 de dezembro. O trabalho faz parte da mega operação de combate à dengue desencadeada pela Prefeitura Municipal de Corumbá, através de um estudo feito pelo Comitê da Dengue que criou um projeto apontando quais seriam as principais ações a serem realizadas nos próximos quatro meses para que a cidade consiga conter uma possível epidemia e a circulação de novos tipos virais.

Nas casas, agentes e militares promoveram ações educativas sobre a remoção de entulhos que podem servir de depósito de água para reprodução dos mosquitos. Na área central, 15 equipes percorreram os imóveis. Dois caminhões realizaram a coleta de lixo. “Os militares estão nos auxiliando, pois com reforços conseguimos visitar mais casas e realizar a coleta. Isso agiliza o serviço educativo e a coleta também. Estamos em um período em que devemos estar alertas, pois os meses de chuva estão chegando e a população às vezes esquece muitos materiais jogados em seu quintal e eles podem servir de depósito para reprodução dos mosquitos. Recolhemos cerca de três caminhões cheios de resíduos, é muita coisa que as pessoas acumulam em casa”, destacou a supervisora de campo do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marcilene de Arruda.

Ao perceber que o caminhão estacionou na porta, a dona de casa Maria Conceição Martins Ramão, 53 anos, recolheu os recipientes que tinha no quintal e deu para que os agentes de endemias levassem. “Com frequência o pessoal passa aqui na nossa rua fazendo coleta, orientando como devemos fazer com os vasilhames no quintal, com as caixas de água e, além disso, nos auxiliam a limpar o quintal, recolhendo as garrafas de refrigerante, de cerveja, pneus. Muitas vezes não sabemos o que fazer com esses materiais e essa ação, de passar recolhendo esses materiais, auxilia muito”, apontou a dona de casa.

Mas assim como teve colaboração, no mesmo bairro houve quem impedisse a visita dos agentes se trancando em casa. “Infelizmente, em muitas casas, as pessoas agem dessa forma, ao ver que iremos fazer vistoria, dar orientação de como proceder com a limpeza do local e realizar a limpeza, eles não recebem a equipe e até se trancam em casa”, contou a supervisora do CCZ.

As equipes também visitaram os imóveis abandonados, como foi o caso de uma vila, interditada pela Vigilância Sanitária. O local não apresenta condições para abrigar moradores. Na vila, havia ainda uma família morando no local. “Ontem eu mesma realizei a limpeza daqui. Peguei alguns lixos, acumulei, pois não dá para viver assim, com coisas jogadas. Tenho muitas plantas em casa e cuido delas, furo os potinhos, pois temos muito medo da dengue”, disse a dona de casa Ramona dos Santos, 54 anos.

Mesmo com a limpeza, as outras casas estavam em estado alarmante. “Uma das casas apresentava esgoto aberto. Outra, era depósito de garrafinhas de cerveja, era muito lixo. As casas ficam vazias e as pessoas acabam usando-as como depósito de lixo”, concluiu Marcilene.

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