Campo Grande importa hortifrutis de vários estados. Mas isso está refletindo no bolso do consumidor, em razão do valor agregado a cada fase da produção

A dependência de produtos hortifrutis importados, em especial, por São Paulo, Minas Gerais e Paraná, ainda não tem prazo para terminar em Campo Grande. Mas as autoridades competentes estão elaborando um projeto com a intenção de ampliá-la para 85% ainda neste ano, conforme estimativa da Ceasa (Central de Abastecimento S/A).

 Até mesmo porque, para o bolso do consumidor, a importação geralmente significa preço mais alto, por causa do valor agregado a cada fase da produção, até o consumidor final. Pensando nisso, o Secretário da Seprotur (Secretaria de Desenvolvimento Agrário, Produção, Indústria, Comércio e Turismo), Edil Albuquerque, e Dirigentes da Ceasa se reúnem nesta sexta-feira (27), com o secretário Nacional de Irrigação, Ramon Rodrigues. 
O secretário do Ministério da Integração Nacional já está percorrendo o interior do estado. E a intenção é aproveitar a oportunidade para tratar sobre a substituição de importações e a autossuficiência de Campo Grande. 
Agropolo 
Apesar da Capital não possuir recursos financeiros para instalar um distrito irrigado, mesmo tendo solo favorável e córregos para a captação de água, as autoridades buscam esta independência mirando no modelo Cearense de agropolos. 
Na prática, o agropolo consiste num conglomerado de produtores que trabalharão e terão incentivos fiscais e de impostos, a serem concedidos pela prefeitura do município, a exemplo dos incentivos no setor industrial. 
“O banco de dados do Ceasa existe há mais de 15 anos, e são informações concretas que comprovam a estabilidade do nosso mercado e o grande consumo de hortifrutis. Portanto, é evidente que será um investimento que trará ótimos resultados. Queremos segurar nossos trabalhadores, e incentivar a nossa economia”, explicou o secretário Edil Albuquerque. 
A intenção é implantar um Prodes Rural (Programa de Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande) e, para isso, um diagnóstico elaborado pela secretaria em conjunto com a Ceasa foi encaminhado ao Mapa (Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento). 
Além disso, o levantamento computou que com a verba de 29 milhões de reais é possível a implantação do projeto de forma efetiva.

De acordo com o secretário-adjunto de ciência, tecnologia, turismo e do agronegócio, Natal Baglioni Meira Barros, esse estudo mapeia todos os fatores e necessidades determinantes para a implantação do agropolo na Capital e com a liberação da verba, já é possível começar o projeto.