Por ano, 40 mil pessoas morrem vítimas de acidentes no trânsito no Brasil, outras 350 mil ficam traumatizadas, e em muitos casos, com seqüelas irreversíveis

Acontece nesta quinta-feira (19) a Caminhada pela Paz no Trânsito. A saída será às 8h em frente à Praça do Rádio Clube. O evento busca chamar a atenção da sociedade e, principalmente, das autoridades quanto aos problemas no trânsito.

Por ano, 40 mil pessoas morrem vítimas de acidentes no trânsito no país, outras 350 mil ficam traumatizadas, e em muitos casos, com seqüelas irreversíveis. Com números tão alarmantes, cada vez mais, sente-se a necessidade de uma reformulação de políticas de trânsito e da abordagem jurídica que se dá às infrações que colocam em risco a vida de todos.

Para o coordenador do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) do Distrito Federal, Roberto Caselli, a questão é que todos precisam entender que este não é um problema de saúde pública, mas da sociedade como um todo.

Acostumado a socorrer vítimas em acidentes, o cirurgião de trauma, conta que acidentes de trânsito já são responsáveis pelo segundo lugar em número de mortes no país. Perde apenas para homicídios.

Segundo ele, os acidentes é um dos grandes agravantes da saúde pública. Entre 40% e 60% das internações nos hospitais é por acidentes no trânsito. “Agora, você acha justo um pai de família chegar a um hospital vítima de um condutor irresponsável e não conseguir atendimento”, questiona.

“É preciso mudar a maneira de agir, de se comportar no trânsito. Enquanto as pessoas não perceberem que fazem parte deste todo nada vai mudar”.

Caselli ainda aponta que para cada pessoa morta, vítima do trânsito, entre 3 a 4, ficam gravemente feridas. Muitas vezes, as seqüelas são para a vida toda.