O governo boliviano e representantes da embaixada do Brasil sobrevoaram regiões da fronteira para avaliar a futura instalação de radares para detectar o tráfico aéreo de drogas, anunciou nesta sexta-feira o vice-ministro da Defesa Social, Felipe Cáceres.

“Foi feito um sobrevoo para levar adiante a identificação de pontos estratégicos para a futura instalação de radares”, afirmou Cáceres, principal responsável político da luta contra o narcotráfico, citado pela agência governamental de notícias. Ele não revelou a data em que os radares começarão a ser instalados.

Os dois países compartilham uma fronteira comum de 3.133km, principalmente na Amazônia, que são aproveitados para o tráfico de drogas (por ar, terra e rios), armas e carros roubados.

Brasil, Bolívia e Estados Unidos assinaram em janeiro um convênio para apoiar o trabalho de La Paz na luta contra o narcotráfico: os dois pilares do acordo trinacional são o monitoramento dos cultivos de coca e o controle do tráfico aéreo. O Brasil também ofereceu um lote de aviões não tripulados com o mesmo fim.

A Bolívia produz 115t anuais de cocaína, segundo a ONU, e a maior parte tem como destinos Brasil e Europa.