Diante do apelo popular por políticos com ficha limpa, o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), pré-candidato a prefeito da Capital, sugeriu, nesta segunda-feira (2), mobilização da sociedade para apressar o julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal) contra o deputado federal Edson Giroto (PMDB), que também luta para virar prefeito.

O peemedebista é alvo de ação por denunciação caluniosa. Ele é suspeito de ajudar a orquestrar falso flagrante de compra de votos contra o ex-deputado estadual Semy Ferraz nas eleições de 2006. O esquema visava neutralizar o parlamentar, um dos maiores críticos do então candidato a governador, André Puccinelli (PMDB).

O assunto, inclusive, voltou a pauta, neste final de semana, em reportagem da Revista IstoÉ. A matéria trata do “sumiço” dos áudios que indicam a participação de Giroto na fraude contra Semy. As gravações teriam sido substituídas por DVDs vazios. No dia 19 de outubro de 2011, a ministra Cármen Lúcia solicitou cópias dos diálogos e determinou a apuração dos culpados pelo extravio das provas.

“Precisamos cobrar do Supremo o julgamento do caso”, defendeu Azambuja. Para ele, a mobilização deve partir da própria sociedade. “O povo corre o risco eleger uma pessoa que pode ser condenada amanhã”, alertou.

Tratorada é coisa da época da ditadura

Sobre declaração do governador André Puccinelli que o “trator 15 passará por cima do 45” na disputa pela sucessão da prefeitura de Campo Grande, Azambuja reagiu com serenidade sem deixar de lado o tom crítico. “Tratorada é coisa do tempo da ditadura, do coronelismo. Não podemos achar que mandamos na vontade do povo”, rebateu.

O pré-candidato tucano ainda demonstrou confiança em atrair parceiros no seu projeto de abandonar aliança com o PMDB. “Vamos com aqueles que acreditam na democracia e em formar um grupo para virar o jogo eleitoral”, destacou.

Para Azambuja, é possível vencer a eleição sem o poder “da máquina”. “Vamos elaborar um projeto de governo para resolver os problemas da cidade”, prometeu.
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