Acne na mulher adulta pode indicar problema no ovário

Mulheres com mais de 25 anos de idade, que não tiveram problemas de acne na adolescência, e de repente começaram a notar o aparecimento de muitas espinhas no rosto precisam ficar atentas, pois este é um dos sintomas mais comuns da síndrome do ovário policístico (SOP). Isso porque a doença ocorre devido a maior produção […]

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Mulheres com mais de 25 anos de idade, que não tiveram problemas de acne na adolescência, e de repente começaram a notar o aparecimento de muitas espinhas no rosto precisam ficar atentas, pois este é um dos sintomas mais comuns da síndrome do ovário policístico (SOP).

Isso porque a doença ocorre devido a maior produção dos hormônios sexuais chamados de andrógenos, que estimulam as glândulas sebáceas da pele, facilitando a obstrução dos poros e provocando, assim, o surgimento de cravos e espinhas.
Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) apontam que pelo menos 5% das mulheres adultas, com idade entre 25 e 35 anos, estão propensas a desenvolver acne. O problema, segundo Jefferson Alfredo de Barros, dermatologista e professor de dermatologia da Faculdade de Medicina do ABC, nem sempre é de origem inflamatória nessa fase da vida.

Descubra a causa

Para saber se as lesões no rosto realmente são resultado da síndrome do ovário policístico ou não, a visita a um ginecologista é fundamental. “É ele quem irá verificar as alterações hormonais, após analisar exames de sangue e de ultrassom. Em seguida, é preciso procurar a ajuda de um dermatologista para tratar das lesões da acne”, afirma Pietra Martini, dermatologista da clínica Primèra de Campinas.

A solução para os casos mais simples é o tratamento da acne com anticoncepcionais que contêm acetato de ciproterona, pois a substância combate os sintomas inibindo a produção dos andrógenos. Já os mais graves, exigem acompanhamentos de três áreas distintas da medicina: dermatologia, ginecologia e cardiologia. “O problema é que a síndrome também pode causar infertilidade e doenças cardiovasculares, por isso há a necessidade de um tratamento conjunto”, explica Pietra.

Origem emocional

Vale lembrar que na fase adulta o problema também pode estar associado ao estresse que, segundo Pietra, aumenta a produção do cortisol, responsável pela oleosidade da pele, e diminui a ação dos leucócitos, células de defesa do sangue. Com isso, a pele fica mais vulnerável à ação das bactérias. Por isso, na consulta ao médico, vale citar como anda sua rotina para identificar se, no seu caso, a causa não é de origem emocional.

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