Temer espera que Congresso possa ‘harmonizar’ novo Código Florestal

O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) afirmou na noite desta quinta-feira (26) que o Congresso deve levar o tempo que quiser para discutir o projeto do Código Florestal, desde que haja harmonia entre a produção agrícola e o meio-ambiente. O projeto foi aprovado na última terça-feira na Câmara dos Deputados e segue agora para […]

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O vice-presidente da República Michel Temer (PMDB) afirmou na noite desta quinta-feira (26) que o Congresso deve levar o tempo que quiser para discutir o projeto do Código Florestal, desde que haja harmonia entre a produção agrícola e o meio-ambiente. O projeto foi aprovado na última terça-feira na Câmara dos Deputados e segue agora para discussão no Senado.

Em discurso para empresários no encerramento do BIOSfórum, que aconteceu no Jockey Club, em São Paulo, Temer citou o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), que mais cedo no mesmo evento defendeu o relatório do projeto, de sua autoria, e criticou a lentidão do governo na discussão do código.

O vice de Dilma Rousseff concordou com rebelo quando disse que a agricultura não deve ser prejudicada pela votação do novo Código Florestal, já que o Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo e ‘deverá bater recorde em 2011 neste setor’.

“É necessário o meio-termo e o Congresso vai trabalhar para harmonizar esta questão [do código]. Dizem que o processo é lento, mas tem que ser lento porque assim a sociedade é ouvida”, afirmou Temer.

Segundo ele, o governo vai continuar contrário à emenda 164, que defende uma legislação independente dos estados e pode anistiar produtores rurais que desmataram até julho de 2008. A emenda, de autoria do PMDB, foi aprovada na Câmar.

“O Executivo vai continuar se defendendo sobre a questão dos estados legislarem de forma independente na definição de área de proteção permanente. Se no Senado continuar as divergências, o projeto volta para a Câmara e isso vai acontecer quantas vezes for necessário até haver uma solução”, afirmou o vice-presidente.

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