A Casa Branca foi obrigada a recuar de um imposto de US$ 0,15 sobre cada árvore natalina recém-cortada após uma série de protestos nos quais o presidente Barack Obama chegou a ser chamado de Grinch, personagem do escritor americano Dr. Seuss conhecido por odiar o Natal, informa o jornal Folha de S. Paulo deste sábado (12).
Segundo o jornal, o governo americano, por meio do Departamento de Agricultura, só aprovou que as associações de produtores de árvores de Natal cobrassem dos próprios associados o novo tributo.
O objetivo, dizem os produtores, era arrecadar com o imposto US$ 2 milhões por ano para custear campanhas publicitárias incentivando a compra das árvores naturais, em vez das artificiais.
“O mercado foi drasticamente reduzido, e hoje nós temos de despender muito mais tempo e dinheiro com ações promocionais”, explicou Don Cameron, ex-presidente da Associação de Árvores de Natal da Califórnia.
Opositores de Obama, porém, afirmaram que o US$ 0,15 do tributo seria repassado para os consumidores -o que detonou uma série de reclamações em blogs e sites.
“A economia não cresce, e 9% dos cidadãos americanos estão sem emprego. Um novo imposto sobre árvores de Natal é o melhor que o presidente consegue fazer?”, perguntou David Addington, que foi chefe de gabinete do ex-vice-presidente Dick Cheney.
O deputado republicano Steve Scalise foi mais longe: disse que Obama deveria “parar de agir como Grinch” e arquivar a ideia do tributo.
Em resposta, Matt Lehrich, porta-voz da Casa Branca, afirmou que o governo “não está taxando árvores de Natal. É um segmento da indústria taxando a si mesmo para custear uma campanha”.
Apesar da resposta, o Departamento de Agricultura anunciou que adiaria a implantação do tributo, inicialmente prevista para quarta, e voltaria a analisar o caso.