Secretário de segurança desconversa sobre efetivo em unidade onde agente foi baleado

Reportagem obteve informação de que apenas um agente penitenciário cumpre expediente nesta sexta-feira na unidade prisional localizada na Vila Sobrinho. Sobre a investigação do assassinato do agente penitenciário Hudson Moura, não está descartada transferências de detentos para outros estados, caso fique evidente a participação de alguma facção no crime.

Arquivo – 19/11/2011 – 01:09

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Reportagem obteve informação de que apenas um agente penitenciário cumpre expediente nesta sexta-feira na unidade prisional localizada na Vila Sobrinho. Sobre a investigação do assassinato do agente penitenciário Hudson Moura, não está descartada transferências de detentos para outros estados, caso fique evidente a participação de alguma facção no crime.

O secretário estadual de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) Wantuir Francisco Brasil Jacini, foi ao cemitério onde está sendo velado o agente penitenciário Hudson Moura da Silva, 34 anos, que foi baleado no dia 31 de outubro e morreu por volta das 5h40 desta sexta-feira. Questionado sobre o número de profissionais atuando na unidade, Jacini desconversou e respondeu apenas que estava no local apenas para ver a situação do velório.

“Me deixa ver esta situação aqui. Só esta situação aqui”, disse o secretário ao ser questionado. A reportagem obteve a informação de que apenas um agente penitenciário está cumprindo expediente nesta sexta-feira, 18, na unidade de regime aberto localizada na Vila Sobrinho, que é a mesma onde Hudson foi baleado por arma calibre ponto 40, por volta das 5h30 do dia 31 do mês passado.

Sobre o andamento das investigações, o secretário de Justiça e Segurança Pública não comentou sobre resultados, mas afirmou que várias equipes especiais de investigação como da Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubo a Banco, Assaltos e Sequestros) e Gisp (Gerência de Inteligência de Segurança Pública) estão trabalhando no caso.

Uma das informações da estratégia da investigação, se confirmado o envolvimento de alguma facção criminosa como o PCC, já está levantada a possibilidade de transferências de detentos para presídios federais de outros estados.

Existem várias hipóteses levantadas até agora em relação ao crime. Uma delas é sobre o fato de Hudson ter flagrado um interno, dias antes do fato, com celulares dentro da unidade prisional onde foi baleado. Outra é de que tenha sido baleado por engano.

Velório

Em cerimônia onde a imprensa foi impedida de entrar e fotografar, o velório do agente penitenciário é acompanhada por vários colegas de profissão, familiares, diretores de unidades prisionais, o diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual do Sistema Penitenciário), Deusdete Oliveira; o diretor das Uneis, Hilton Vilassanti, entre outros.

O sepultamento está previsto para as 9h30 da manhã deste sábado, no Cemitério Memorial Park, que fica na região do Lago do Amor.

O caso

Hudson foi baleado no ombro e no tórax na madrugada de 31 de outubro no momento que ia abrir o portão para um preso sair da unidade de regime aberto. Ele foi levado pata a Santa Casa lúcido, passou por cirurgia, mas permanecia no centro cirúrgico por falta de Centro de Tratamento Intensivo (CTI). Ele foi transferido para uma unidade do Hospital El Kadre, onde permaneceu internado e com aparato de escolta para sua proteção.

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