O Sapo da Madrugada passou pela avenida 14 de Março e empolgou a multidão quando entrou no Espaço da Folia com cerca de 260 foliões na primeira hora deste domingo, 6 de março, em Ladário. O bloco dirigido pelo carnavalesco Elson Alba surgiu há três anos, como resgate de uma tradição, para homenagear um dos símbolos do folclore de Ladário – o sapo. Desde os anos 60 os ladarenses se acostumaram a animar os bailes carnavalescos e os jogos do time de futebol da cidade, o extinto Ladário Atlético Clube, com a marchinha “Sapo não lava o pé”, tocada pela charanga.

Parodiando o famoso Galo da Madrugada, uma tradição de 34 anos no Recife, que também animou a capital de Pernambuco neste sábado, o bloco ladarense foi lançado não no Carnaval, mas como uma homenagem ao aniversário de Ladário, 2 de setembro. Saiu durante a madrugada para animar a Alvorada Festiva da cidade. “Saiu, pegou e ficou sendo um bloco também para o Carnaval”, contou a enfermeira Nilce Maria da Silva, pantaneira que hoje vive em Campo Grande e todos os anos retorna à terra natal para ajudar da organização do bloco.

Nessa quarta-feira de cinzas Nilce volta à Capital com o dever cumprido. “Cada ano que passa o Sapo da Madrugada cresce e está mais divertido, junta adultos e crianças, é uma festa em família”, destacou. A marchinha feita especialmente para o bloco pegou e não vai mudar, segundo Nilce. “Tem tudo a ver com o jeito de ser do pantaneiro”, acrescentou a enfermeira. “Eu quero cantar o amor; e quero contar para o mundo inteiro; a alegria de ser pantaneiro”, diz o refrão da marchinha.