O São Paulo teve a chance de se aproximar da Libertadores diante do Palmeiras. Se tivesse vencido o clássico, entraria na zona de classificação e dependeria apenas de uma vitória sobre o time B do Santos para confirmar a vaga. Como perdeu no Pacaembu para o rival, vai precisar de uma combinação de resultados na última rodada, domingo que vem, para voltar à competição continental após dois anos fora.

“Precisamos vencer e torcer para que aconteça três milagres”, resumiu o goleiro Rogério Ceni, que não quis muita conversa após a derrota para o Palmeiras. Emerson Leão foi na mesma linha. “É bem difícil agora. Tivemos outros jogos para conseguir o resultado e não fomos felizes. Mas como ainda existe esperança, temos de acreditar.”

Luis Fabiano, um dos mais abatidos pela derrota, ainda acredita: “Uma derrota assim torna tudo mais complicado pra gente, mas vamos tentar terminar o ano com dignidade e ganhar o próximo jogo.”

Para o São Paulo se classificar, o primeiro passo é vencer o Santos, domingo, em local ainda não definido pela CBF, apesar de o time tricolor ter o mando de campo. O Santos vai jogar com time reserva por causa de sua preparação para o MUndial da Fifa. Além disso, três times têm de tropeçar em clássicos: Coritiba, Figueirense e Internacional, único que joga em casa na rodada.

Se tivesse empatado, o São Paulo teria pelo menos terminado a penúltima rodada à frente do Figueirense no saldo de gols. Para Leão, este teria sido o resultado mais justo. “Acredito que ninguém merecia vencer o clássico. Criamos pelo menos umas cinco oportunidades de gol”, resumiu.

O treinador criticou a expulsão do meia Rivaldo, que nos minutos finais agrediu o lateral-esquerdo Gerley.

“O Rivaldo não teve reação por acaso. Ele reagiu porque o rapaz o derrubou. Ele (o árbitro) deu cartão amarelo para um e vermelho para o outro. Não vi o Rivaldo agredindo ninguém. Ele pode ter tentado, mas não agrediu”, afirmou Leão.

Com contrato até o fim do ano, o meia pode ter feito neste domingo seu último jogo com a camisa do São Paulo. “Eu tenho coisa para fazer aqui e espero continuar”, ponderou Rivaldo.