Proprietária de fazenda onde acontecia safári é multada em R$ 105 mil

A proprietária da fazenda Santa Sofia Beatriz Rondon foi multada em R$ 105 mil por crime ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na propriedade a policia federal encontrou armas, peles de animais galhadas de cervos. Segundo o Ibama, as multas que chegam a 105 mi mil reais foram […]

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A proprietária da fazenda Santa Sofia Beatriz Rondon foi multada em R$ 105 mil por crime ambiental pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Na propriedade a policia federal encontrou armas, peles de animais galhadas de cervos.

Segundo o Ibama, as multas que chegam a 105 mi mil reais foram definidas com base no laudo pericial da EMBRAPA Pantanal feito nos dois crânios de onças apreendidos na operação jaguar II. As 16 galhadas de cervos do pantanal, a pele de sucuri encontrados na fazenda de Beatriz Rondon também foram objetos da multa por parte do Ibama.

Nesse caso as multas foram em dobro por se tratar de abate de animais silvestres para fins turísticos. Outro agravante que elevou o valor da multas é o fato da fazenda Santa Sofia ser uma Unidade de Conservação. As armas encontradas na fazenda pela operação conjunta do Ibama e da Polícia Federal realizada na fazenda na tarde do dia 5 fazem parte do inquérito da Polícia Federal.

O superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, David Lourenço diz que esse tipo de crime ambiental não é a única agressão ao pantanal que está em curso. “ Vamos continuar as investigações em todas as fazendas que tenham envolvimento direto ou indireto com esse crime”.

David acrescenta que a preocupação do Ibama é enorme diante do desafio de preservar o conjunto da planície pantaneira que está sofrendo agressões também de outras forças econômicas como a minero-siderúrgica que provoca o desmatamento de remanescentes do bioma cerrado para a produção de carvão usado nesse complexo industrial. “Temos constatado assoreamento de rios como o Taquari e o Paraguai e novas pressões sobre as matas nativas do pantanal”. Isso tudo somado sem que tenhamos uma legislação especial de proteção para o pantanal”, conclui.

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