Professor acusado de pedofilia foi solto nesta segunda-feira em Dourados

Foi solto na tarde desta segunda-feira (18) por volta das 15h, o professor acusado pela esposa de filmar e fotografar alunas e a própria enteada nuas. A juíza, Dileta Terezinha de Souza, da 1° Vara Criminal de Dourados, foi quem concedeu, na tarde deste domingo (17), a liberdade provisória para A.L.O., porém o setor jurídico da Penitenciária Harry Amorim Costa não funciona nos finais de semana.

De acordo com Maurício, há falhas na condução do processo que precisam ser corrigidas, para tanto ingressou com pedido de trancamento da ação penal, que se encontra em análise pelo desembargador de justiça Carlos Eduardo Contar em Campo Grande.

O professor está hospedado em um hotel de Dourados. Segundo seu advogado, A.L.O. está sem celular e cartões de banco, que estariam com a ex-mulher. Nesta terça-feira (19), ele deve ir a bancos, para verificar sua situação financeira e bloquear os cartões de crédito. Além disso, deve ir ao médico e se apresentar voluntariamente ao Fórum de Dourados para prestar seu endereço provisório e telefone.

O caso

A denúncia aconteceu no dia 13 de março desse ano, quando a esposa entregou à Polícia Civil um pendrive com imagens pornográficas. A.L.O. estava preso desde o dia 22 de março.

A esposa afirmou em sua denúncia que no dia 12 de março deste ano, viu o marido esconder um pendrive em cima do guarda roupa. Quando ele dormiu, ela pegou o dispositivo e verificou que continham imagens pornográficas, entre as adolescentes estava à filha dela, atualmente com 12 anos.

O professor foi indiciado por adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornografia envolvendo criança ou adolescente conforme atesta o artigo 241B do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) que prevê pena de reclusão de um a quatro anos e multa.

Durante as investigações o notebook do acusado foi entregue à polícia para perícia. Foi constatado que as imagens da enteada teriam sido obtidas através do programa de mensagens instantâneas MSN. A perícia comprovou que apenas a mãe e a filha ‘logavam’ no programa do notebook do acusado. Além disso, a perícia constatou também que as imagens de adolescentes nuas não eram de alunas do professor, como havia indicado a esposa em seu depoimento.

Segundo o advogado Maurício Rasslan,“ele não mentiu em momento algum”. A defesa apontou também que todas as pessoas envolvidas no processo já tinham sido ouvidas. Entre os as testemunhas estavam diretores das escolas que A.L.O. dava aulas, sua ex-mulher, e dois adolescentes que mantinham contato com a enteada através do MSN: Pipoca e o primo da adolescente, de. Testemunharam a favor do professor a delegada Francielli Candotti e uma agente de polícia. “Não havia motivos para deixar o acusado preso”, destacou o advogado.

O advogado ingressou com pedido de relaxamento de prisão, negado pelo MPE, mas que, foi aceito pela juíza. Dileta Terezinha determinou algumas medidas que devem reger a liberdade do suspeito. O professor de geografia deverá comparecer em juízo mensalmente até a sentença e deverá ficar em casa durante a noite e nos dias de folga. Ele também fica proibido de freqüentar bares, lanchonetes e boates e não poderá se aproximar da esposa e da enteada e tampouco comunicar-se com elas.