Premiê grego pede diálogo com opositores para formar governo de coalizão

O primeiro-ministro da Grécia, Giorgos Papandreou, pediu nesta quinta-feira à oposição o início imediato de negociações para a formação de um governo de união nacional que ajude a solucionar a crise financeira do país. ‘Não podem esperar que este governo renuncie, ou por acaso já há outro governo esperando?’, questionou o primeiro-ministro, no Parlamento, ao…

Arquivo – 04/11/2011 – 00:10

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O primeiro-ministro da Grécia, Giorgos Papandreou, pediu nesta quinta-feira à oposição o início imediato de negociações para a formação de um governo de união nacional que ajude a solucionar a crise financeira do país.

‘Não podem esperar que este governo renuncie, ou por acaso já há outro governo esperando?’, questionou o primeiro-ministro, no Parlamento, ao se referir à necessidade de diálogo com os opositores na véspera da votação crucial de uma moção de confiança ao governo.

A proposta de Papandreou para a formação de um governo de união nacional chegou ao fim de um dia de grande tensão, no qual foi especulada inclusive sua renúncia por ter perdido parte do apoio em seu próprio grupo parlamentar socialista.

‘Estou disposto a negociar com a oposição, mas não que me obriguem a renunciar. Não se pode começar a formar um governo de coesão sem um calendário, uma plataforma. Não posso permitir que haja um vazio de poder em tempos tão cruciais’, disse.

‘A união nacional é a maior arma para sair da crise com força’, acrescentou o premiê, que garantiu não estar interessado em ser reeleito, mas em ‘salvar a pátria’.

Após declarar que a Grécia se manterá ‘dentro da Europa e do euro, que significa deveres e não só benefícios’, o primeiro-ministro pediu apoio ao resgate. ‘Será um novo período de cooperação, por isso peço o voto de confiança’, afirmou.

Antes do discurso de Papandreou, Antoni Samaras, líder do principal partido da oposição, ‘Nova Democracia’, havia acusado o governante de ‘chantagem’ e o chamado de ‘mentiroso’, após exigir sua renúncia, a instauração de um Governo de transição e a convocação de eleições antecipadas para um prazo máximo de seis semanas.

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