Polônia reabre investigações sobre crimes da era nazista
A Polônia reabriu as investigações sobre os crimes cometidos no campo de extermínio nazista de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, em um esforço para rastrear os empregados sobreviventes do acampamento antes que morram. Até 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, pereceram nas mãos dos alemães nazistas em Auschwitz, perto da cidade de Cracóvia, […]
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A Polônia reabriu as investigações sobre os crimes cometidos no campo de extermínio nazista de Auschwitz durante a Segunda Guerra Mundial, em um esforço para rastrear os empregados sobreviventes do acampamento antes que morram.
Até 1,5 milhão de pessoas, a maioria judeus, pereceram nas mãos dos alemães nazistas em Auschwitz, perto da cidade de Cracóvia, no sul da Polônia, durante a guerra que terminou em 1945.
Na era do pós-guerra comunista, Varsóvia abriu investigações para crimes cometidos em Auschwitz, mas encerrou a iniciativa na década de 1980 porque interrogar testemunhas e perpetradores que moravam no exterior era muito difícil em um momento em que a Polônia fazia parte do bloco soviético.
‘Nós não excluímos a possibilidade de encontrar vivos os ex-funcionários do campo de concentração Auschwitz-Birkenau’, disse Piotr Piatek, do Instituto Nacional de Lembrança da Polônia (IPN, na sigla em inglês), à agência de notícias estatal PAP nesta quinta-feira.
‘Neste caso, eles podem ser acusados de crimes contra a nação polonesa’, disse ele.
O IPN é uma instituição estatal que investiga crimes das eras comunista e nazista e pode processar aqueles que considera terem cometido ‘crimes contra a nação’.
Não ficou imediatamente claro se a investigação reaberta cobriria outros campos de extermínio nazistas que operavam em solo polonês durante a guerra.
Grupos judaicos saudaram o anúncio feito nesta quinta-feira pelo IPN.
‘(Nós) saudamos esse esforço para tardiamente levar à Justiça e à conscientização pública os autores dos crimes monstruosos que os nazistas infligiram na consciência do mundo há mais de meio século’, disse Elan Steinberg, de uma organização de sobreviventes do holocausto.
‘Não é só a Justiça que está sendo servida, mas os valores da educação e da lembrança que vão dar sentido a isso.’
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