A Agência Nacional do Petróleo, e Biocombustíveis () informou nesta segunda-feira (14) que aprovou o plano de contenção do vazamento de óleo, no Campo de Frade, na Bacia de Campos, apresentado pela Chevron, e que a previsão é que o vazamento será estancado nos próximos dias.

“O abandono do poço, aprovado pela ANP prevê, em primeiro lugar, o emprego de lama pesada para “matar” o poço e testar a eficácia dessa medida na parada do vazamento; em seguida, virá o uso da cimentação para “matar” o poço de forma definitiva”, informou, em nota a agência.

Segundo a ANP, a causa do vazamento ainda é desconhecida. “A principal hipótese, levantada pela concessionária, é de que uma fratura provocada por procedimento estabilização do poço tenha liberado fluido que vazou por uma falha geológica, formando a mancha identificada no dia 8”, acrescentou a nota.

Segundo agência, a diretora da ANP Magda Chambriard esteve no domingo na sala de emergência da Chevron acompanhando os trabalhos para conter o vazamento.

“A Chevron acionou seu Plano de Emergência e é inteiramente responsável pela contenção do vazamento. Dezoito navios estão na área: 8 da própria Chevron e outros 10 cedidos pela Petrobras, Statoil, BP, Repsol e Shell”, destacou a ANP.

Segundo a Chevron, no dia 13/11, a área da mancha seria de 163 km2. A estimativa de óleo em superfície era entre 521 e 882 barris. “Considerando a lâmina d’água de 1184 metros, a existência de corrente e de um fator de dispersão natural do óleo, admite-se que a vazão média da exsudação pode estar entre 200 a 330 bpd”, informou a ANP.

Em nota, a Chevron informou que o vazamento de óleo pode estar relacionado com a perfuração de um poço de avaliação. Segundo a companhia, a empresa iniciou no domingo os trabalhos para “selar e abandonar” o poço.

“A empresa segue coordenando e enviando recursos para a operação de controle da mancha, que está localizada a cerca de 120 quilometros da costa de Campos e afastando-se da costa e deslocando-se na direção Sudeste”, destacou a empresa.

O derramento foi revelado na última quinta-feira (10). As atividades de perfuração no local foram paralisadas no mesmo dia.

Na sexta, a presidente Dilma Rousseff determinou ao Ministério de Minas e Energia, à Agência Nacional de Petróleo (ANP) e à Marinha uma “rigorosa apuração” do vazamento, segundo comunicado divulgado pelo Planalto.