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PF prende dois homens em operação de busca na aldeia de Caarapó

Terminou com a prisão de dois homens, apreensão de uma arma de fogo e duas motocicletas, e um registro de porte de entorpecente a operação de busca que a PF (Polícia Federal) realizou nesta terça-feira (16), na aldeia Tey Cuê, em Caarapó. As motocicletas apreendidas apresentam sinais de adulteração, indicando que podem ser produto de […]
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Terminou com a prisão de dois homens, apreensão de uma arma de fogo e duas motocicletas, e um registro de porte de entorpecente a operação de busca que a PF (Polícia Federal) realizou nesta terça-feira (16), na aldeia Tey Cuê, em . As motocicletas apreendidas apresentam sinais de adulteração, indicando que podem ser produto de roubo.

O homem preso é Ezequiel Valensuela. Na ação de hoje, os policiais encontraram 835 gramas de maconha em poder de Valensuela. Ela vai responder por tráfico de drogas, mas já esteve preso durante um ano pelo duplo homicídio triplamente qualificado dos policiais civis Rodrigo Lorenzzato e Ronilson Magalhães Bartie, em abril de 2006, na aldeia Passo Piraju, às margens do rio .

Também foi conduzida à delegacia de Caarapó uma adolescente de 18 anos, que estava com uma trouxinha com 5 gramas de maconha. Também fopi apreendida uma espingarda e cumprido mandado de prisão de um outro indígena que se encontrava na aldeia.

As buscas na aldeia de Caarapó decorrem da Operação Tekoha, realizada nas aldeias de Dourados desde 10 de junho deste ano. Segundo informações, a batida em Caarapó tem como objetivo cumprir mandados de busca em endereços identificados como pontos de prática de crimes relacionados a entorpecentes, armas de fogo e receptação.

A redação do Midiamax em Dourados entrou em contato com moradores da Aldeia Tey Cuê que confirmaram as batidas realizadas pela PF já no início da manhã desta terça-feira. Segundo uma das lideranças da aldeia, em uma das casas em que a PF efetuou busca, duas motos foram apreendidas e “alguns rapazes da família foram levados”.

A liderança afirmou ainda que a PF foi a escola indígena da aldeia, onde conversou com funcionários e professores. “Eles conversaram com a gente na escola. Tem muito problema com droga por aqui”, afirmou a liderança que trabalha na instituição de ensino.

Ainda segundo a indígena, os policiais federais informaram que encaminhariam os jovens apreendidos para a delegacia da polícia civil de Caarapó.

A redação do Midiamax contatou o delegado de polícia do município, Benjamen Lax. O delegado informou que não sabia da operação: “Não é praxe da PF informar quando efetua operações em Caarapó, o que pode ser problemático”. O delegado explica que Caarapó está na jurisdição da PF de Dourados e que eles podem efetuar batidas no município, mas “é importante que informem”. Para o delegado o problema está quando a PF faz investigação à paisana. “Sem a identificação, os munícipes podem se confundir e nos acionar”, afirma.

Segundo o delegado, a aldeia do município “precisa mesmo” que esse tipo que busca seja realizada pela PF. “Se está fazendo, estão de parabéns”, afirmou Benjamin.

‘Tekoha’

A operação, que teve início no dia 10 de junho deste ano, leva o nome de Tekoha, que quer dizer ‘Solo Sagrado; Terra’. Durante os quase 70 dias de operação, a PF, junto com as polícias militar e civil de Dourados, 11 pessoas foram presas e 362 ocorrências ou denúncias – em média de seis por dia – foram registradas. Foram efetuados três flagrantes, dois termos circunstanciados e um boletim de ocorrência, relacionados à apreensão de drogas (maconha e cocaína) e 140 armas brancas foram apreendidas

Nem mesmo a Funai escapou do pente fino da PF: Durante a passagem dos federais pela reserva, mais de 700 quilos de leite em pó que seriam entregues para os indígenas em cestas básicas foram apreendidos pela PF por estarem vencidos.

A taxa de homicídios também caiu consideravelmente: Dos dois homicídios por semana registrados anteriormente para dois homicídios. Os suicídios também diminuíram, foram três no período.

A Operação Tekoha foi a primeira realizada no Brasil em terras indígenas para policiamento ostensivo. A PF deve permanecer na Reserva Indígena de Dourados até o dia três (03) de outubro, data prevista para o término da operação. Porém o Ministério da Justiça, através do projeto Polícia Comunitária, quer transformar a operação em projeto piloto para outras reservas brasileiras.

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