Pai que manteve filho refém diz que foi convencido a se entregar por oficial do 6º BPM

Continua preso na Delegacia de Polícia Civil o homem que manteve refém, por mais de nove horas, o filho de 2 anos em uma residência no bairro Popular Nova. Osmar Koester, 31, também conhecido como “Alemão”, foi autuado em flagrante por cárcere privado; porte ilegal de arma de fogo de uso restrito; disparo de arma […]

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Continua preso na Delegacia de Polícia Civil o homem que manteve refém, por mais de nove horas, o filho de 2 anos em uma residência no bairro Popular Nova. Osmar Koester, 31, também conhecido como “Alemão”, foi autuado em flagrante por cárcere privado; porte ilegal de arma de fogo de uso restrito; disparo de arma de fogo e ameaça. O caso teve início por volta das 16 horas de quinta-feira (12), depois que ele se desentendeu com a mãe da criança. Após a chegada da Polícia Militar e do Conselho Tutelar, Alemão acabou fazendo o filho refém.

Todas as vezes que saiu na varanda da casa, localizada na rua Paraná, ele estava com o menino nos braços e uma pistola 9 milímetros nas mãos. Também chegou a fazer um disparo dentro do imóvel. As Polícias Militar e Civil, Dof, Força Nacional e equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros, foram para o local com homens e viaturas. Todo o quarteirão foi isolado pela polícia, porém, o caso acabou atraindo vizinhos e populares que se aglomeraram para acompanhar o desfecho do caso.

Oficiais da Polícia Militar corumbaense negociavam com “Alemão” até a chegada, de Campo Grande, de uma guarnição da CIGCOE (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais) por volta das 23 horas. A rendição de Osmar Koester ocorreu à 01h05 da madrugada de sexta-feira. Logo que foi liberada, a criança recebeu atendimento da equipe do Samu e saiu sem nenhum ferimento.

Em depoimento à Polícia Civil, prestado na sexta-feira, Osmar Koester afirmou que quem o convenceu a se entregar foi o tenente Cleiton Douglas da Silva, da PM de Corumbá, que iniciou as negociações de rendição, com o apoio dos demais oficiais do 6º Batalhão da Policia Militar, inclusive o comandante da corporação, major Waldir Acosta.

O próprio comandante da CIGCOE, major Silva Neto, enfatizou a atuação da polícia local. “O trabalho da CIGCOE depende, e muito, de uma atuação dentro do que estabelece o Gerenciamento de Crises, e os policiais de Corumbá estão de parabéns, tanto pelo rápido acionamento, quanto pelas ações tomadas pelos mesmos no local da ocorrência, que foram de fundamental importância para que uma tragédia, como a morte de uma criança provocada pelo próprio pai, não ocorresse”, frisou em email enviado à redação do Diário.

“O comportamento dele (Koester) era muito instável e foi difícil convencê-lo de que ninguém iria feri-lo. Mas depois ele acabou liberando a criança e se entregando. Ressalto que foi muito importante o trabalho desenvolvido pela polícia local durante toda a negociação”, reforçou o capitão Wágner Ferreira da Silva, da CIGCOE, que comandou a equipe que veio a Corumbá.

Passional

Alemão estava separado da mãe da criança há cerca de 1 semana. Na quinta-feira à tarde, ele ligou para a mulher e pediu que fosse até a casa deles para pegar o menino. Ela foi acompanhada da irmã, o que o irritou. Eles começaram a discutir e, pouco depois, equipes do Conselho Tutelar e da Polícia Militar chegaram ao local, acionados por populares.

Osmar Koester acabou fazendo o próprio filho refém, liberando a ex-mulher e a cunhada. Alemão já cumpriu pena por tráfico de drogas. Ele foi solto em 2008. Ele deve ser levado para o Estabelecimento Penal de Corumbá, após a Polícia Civil concluir os trâmites do caso.

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