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ONG cobra mais participação popular nas decisões da Copa de 2014

Mais participação popular nas decisões envolvendo investimentos públicos nas obras da Copa de 2014 e garantia de legados concretos para o país são reivindicações feitas pela organização não governamental (ONG) Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro. O grupo chegou a fazer protestos e panfletagem durante a feira Soccerex Global Convention, […]
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Mais participação popular nas decisões envolvendo investimentos públicos nas obras da Copa de 2014 e garantia de legados concretos para o país são reivindicações feitas pela organização não governamental (ONG) Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas do Rio de Janeiro. O grupo chegou a fazer protestos e panfletagem durante a feira Soccerex Global Convention, que terminou nesta quarta-feira (30) no Forte de Copacabana, reunindo grandes empresas mundiais ligadas ao futebol.

Uma das críticas da ONG refere-se à elitização do esporte, com ingressos cada vez mais inacessíveis à população de baixa renda, que perdeu espaços nos estádios, com o fechamento de áreas tradicionais e baratas, como as arquibancadas da geral, substituídas por setores com cadeiras numeradas.

“O futebol começou como um esporte elitista e depois se tornou popular. Agora corre o risco de se tornar elitista novamente. Com o preço médio praticado em muitos estádios, uma família com quatro pessoas gasta mais de R$ 100 para assistir a uma partida”, alertou Renato Cosentino, integrante do Comitê Popular da Copa e das Olimpíadas.

Pós-graduado em Política e Planejamento Urbano pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Cosentino também criticou a pouca participação popular nos projetos referentes à Copa de 2014 e às Olimpíadas de 2016. “É difícil saber quanto custa cada obra. Falta discussão pública”, ressaltou o pesquisador.

Para ele, isso acaba inviabilizando os prometidos legados esportivos, sempre citados quando o assunto é investir milhões de reais em obras. “Reformamos o Maracanã para os Jogos Pan-Americanos de 2007, ao custo de R$ 400 milhões, com a justificativa de que ele ficaria para uma futura Copa do Mundo ou uma Olimpíada. Agora estamos gastando quase R$ 1 bilhão novamente. O mesmo aconteceu com o Parque Aquático Maria Lenk e já se fala em construir outro complexo de piscinas”, destacou.

Para os empresários e agentes públicos envolvidos na Soccerex, a Copa de 2014 garantirá legados para a população brasileira, principalmente com a construção de estádios e o aumento do fluxo de turistas durante e após a competição. Segundo o diretor executivo de Operações e Competições do Comitê Organizador Local, Ricardo Trade, a Copa vai movimentar um total de R$ 112 bilhões até 2014. Segundo ele, até 2016, serão investidos R$ 22 bilhões em infraestrutura.

“Haverá um legado para o turismo, com a consolidação de uma nova imagem do país e o aumento progressivo de turistas e de divisas. Só para os jogos da Copa são esperados 600 mil visitantes”, disse Trade, durante palestra para empresários e especialistas em marketing esportivo.

A visão é compartilhada pelo ex-capitão do time que ganhou a Copa de 70, Carlos Alberto Torres. “Hoje, os turistas praticamente só ouvem falar em Copacabana e Ipanema. Desconhecem as praias do Nordeste, o Pantanal, Foz do Iguaçu e a Amazônia. Depois que conhecerem o país durante a Copa, vão voltar sempre”, disse Carlos Alberto, que participou de uma mesa-redonda com outros craques do passado.

 

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