Nova direção da Santa Casa aceita rever reajuste de 6.3% a enfermeiros
Após a mobilização realizada na manhã desta sexta-feira (15) na frente da Santa Casa, maior hospital de Campo Grande, a nova direção do estabelecimento se reuniu com os enfermeiros e aceitou rever o índice do reajuste fixado em 6.3% estipulado pelo presidente da casa Issam Moussa. O diretor ainda aceitou discutir algumas cláusulas da convenção coletiva e uma posição […]
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Após a mobilização realizada na manhã desta sexta-feira (15) na frente da Santa Casa, maior hospital de Campo Grande, a nova direção do estabelecimento se reuniu com os enfermeiros e aceitou rever o índice do reajuste fixado em 6.3% estipulado pelo presidente da casa Issam Moussa. O diretor ainda aceitou discutir algumas cláusulas da convenção coletiva e uma posição será dada na próxima quarta-feira, 20, à tarde.
A reação veio depois que o sindicato realizou a manifestação nesta manhã. Na tarde de ontem (14), Moussa havia dito a presidente do Sindicato dos Enfermeiros de Mato Grosso do Sul (Siems), Helena Delgado estas palavras:
“Vou disparar 6.3% de registro na folha de pagamento de vocês. Se vocês quiserem algo mais recomendo que recorram ao Tribunal Regional de Trabalho (TRT)”.
Helena afirma que a classe não quer entrar com a ação ao TRT. “A última coisa que nós não queremos é entrar com a ação. Se nós tivermos que fazer isso, nós teremos que entrar em greve porque o TRT só aceita recurso desta forma. O que nós estamos fazendo a partir de hoje é apenas uma mobilização para continuar as negociações sobre o reajuste”, explica.
Para a presidente do Siems, a mobilização acontecerá por três horas durante os turnos no períodos dos atendimentos. “Não há um número de manifestantes porque apenas estamos fazendo a mobilização e elas devem continuar até as que retomem as negociações”.
O sindicato pede um reajuste de 20,3% de aumento. Mas a Santa Casa impôs 6.3% sendo que em 2010 o aumento dado foi de 7%, ficando bem abaixo do esperado pelos enfermeiros. A classe ainda espera discutir 40 cláusulas da Convenção Coletiva com a nova direção do Hospital.
Pacientes
De acordo com a sindicalista as condições de trabalho permanecem as mesmas. “Mesmo depois das denúncias pouco se fez para melhorar as nossas condições de trabalhos. Ainda continuamos tendo ambusar pacientes manualmente para eles respirem”, conta.
O técnico de enfermagem Waltencir Castro do Nascimento, de 41 anos confirma o que Helena diz, “A situação aqui ainda está complicada. Para você ter uma noção nós temos que ficar cerca de três horas ambusando [reanimar] paciente manualmente. A gente sempre fica na espera de alguém vir para dar um descanso pra gente. A equipe é muito reduzida”.
Ainda segundo Waltencir, “Agora eles impuseram pra gente que está terminantemente proibido manter paciente entubado nos andares. Agora os pacientes tem ficar no Pronto Socorro, e lá já esta superlotado a onde vamos acomodá-los?”, pergunta o técnico.
Ainda de acordo com o enfermeiro todos os enfermeiros cuidam de aproximadamente cinco pacientes sozinhos. “Daí nós temos que nos virar para dar o banho, medicação e ainda realizar os exames. Está situação realmente é um descaso do pessoal do patronal com a gente”, finaliza.
População
Mesmo com a mobilização alguns pacientes não sentiram os reflexos do protesto, mas reclamam da demora no atendimento. O senhor José Correa, de 42 anos que está no hospital reclama da demora para fazer os exames. “Eu estou aqui há dois dias e até agora nada de fazer esse exame. Se eu tivesse que morrer já tinha morrido”, comenta indignado.
Já para a dona de casa Lucia Pereira de Souza, de 42 anos, disse nesta manhã que estava no hospital desde terça-feira. “Meu filho deu entrada aqui no hospital no domingo quando caiu de um cavalo, nós somos de Paranaíba. O que eu posso dizer é que o meu filho foi bem atendido, mas acho que a direção deve melhorar a situação deles (enfermeiros) e a dos pacientes. O hospital ainda é referência no Estado e quem perde com isso é a população”, finaliza.
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