No Senado, Pagot nega acusação de corrupção e não ataca governo
Contrariando as expectativas da oposição, o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, não atacou membros do governo e rejeitou acusações de corrupção no setor durante audiência pública no Senado, nesta terça-feira. Pagot negou as acusações, publicadas pela revista Veja, de que participaria de um esquema de cobrança de […]
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Contrariando as expectativas da oposição, o diretor afastado do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Luís Antônio Pagot, não atacou membros do governo e rejeitou acusações de corrupção no setor durante audiência pública no Senado, nesta terça-feira.
Pagot negou as acusações, publicadas pela revista Veja, de que participaria de um esquema de cobrança de propinas na área de transportes para financiar os cofres do Partido da República (PR), ao qual ele é filiado. O PR também nega as denúncias.
O diretor afastado foi espontaneamente ao Congresso e disse que refuta todas as acusações e que compareceu ao Senado para “fazer a defesa do Dnit”.
“O PR não utilizou o Dnit para cooptar, para buscar ou utilizando qualquer tipo de mecanismo para buscar dinheiro para seus cofres”, respondeu ao ser questionado pelo senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-PR).
O diretor-geral, afastado pela presidente Dilma Rousseff logo após a publicação das denúncias, afirmou estar no período de férias que já estavam agendadas desde novembro de 2010.
Pagot saiu em defesa do ministro Paulo Bernardo (Comunicações), que no governo anterior chefiava o Planejamento, afirmando que nunca recebeu nenhum pedido do ministro. O diretor afastado disse ainda que a mídia é “pródiga em invencionices”, referindo-se a informações publicadas pela imprensa em que teria afirmado o então ministro do Planejamento determinava mudanças em contratos.
“Tenho maior respeito pelo ministro Paulo Bernardo, tenho admiração pela ministra Gleisi (Hoffmann, Casa Civil), pela sua capacidade. São ministros exigentes. …”, afirmou.
“Especificamente sobre o ministro Paulo Bernardo, nunca me exigiu e nunca pediu nada. Nem obra de Maringá, sua cidade. Quem vinha falar comigo sobre obra em Maringá era o prefeito Silvio Barros”, afirmou Pagot.
Durante mais de 40 minutos, o diretor-geral afastado explicou como funcionava o órgão e por que há aditivos contratuais nas obras rodoviárias. Segundo ele, os aditivos são naturais porque sempre há ajustes feitos ao longo da execução.
Ele ressaltou que o Dnit é “extremamente controlado” por vários órgãos internos e externos. Ele afirmou que desde que chegou ao comando do departamento criou novos sistemas de controle e chamou os superintendentes regionais para dar orientações e que gravou as reuniões e as repassou para os demais funcionários do Dnit.
“Nenhum funcionário do Dnit pode dizer que desconhecia das instruções e das informações dadas”, afirmou.
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